No início de novembro estive em Palmas, Tocantins, para participar de uma prova à convite do organizador Renílson Barbosa, e fiz um relato no blog Corredólatra, no site da revista Contra-Relógio (Leia aqui).
No dia anterior à prova, dia 10, realizei uma mini-clínica para alguns corredores, entre eles um fisioterapeuta e dois professores de educação-física. A clínica foi na Academia Atlética e pude contar com a colaboração do Fransergio (dono de um sotaque forte do interior de São Paulo e, de fato, o cara nasceu em Franca, SP), um dos cordenadores da academia para disponibilizar uma esteira, que foi usada para filmarmos os participantes antes e depois da Clínica.
[embedplusvideo height="359" width="590" standard="http://www.youtube.com/v/MQjKV5Td3F8?fs=1&hd=1" vars="ytid=MQjKV5Td3F8&width=590&height=359&start=&stop=&rs=w&hd=1&autoplay=0&react=1&chapters=¬es=" id="ep1498" /]
O primeiro corredor no vídeo é do Vinícius, que é um professor da academia, que já tinha boa postura, mas que com alguns ajustes, principalmente na cadência, ele diminuiu a oscilação vertical que produzia anteriormente.
O segundo, é outro professor, só que de natação e de ginástica natural. O nome dele é Gustavo Borges (isso mesmo, homônimo do nosso medalhista olímpico e nadador). Gustavo já vinha experimentando correr sem tênis, mas como fazia isso na grama, mesmo correndo descalço na esteira ele ainda usava o calcanhar no início da pisada. Depois da Clínica, sua técnica melhorou bastante.
Por fim, o Fred, fisioterapeuta. Apesar de ter um movimento mais brusco e não usual com os braços, ele já tinha boa técnica e um fazia um movimento bem curto de dorsiflexão com o tornozelo, o que já era muito positivo. Ele absorveu tão bem os conceitos da corrida natural, que mesmo depois de correr descalço de forma correta, colocou os tênis da primeira filmagem e correu com a técnica ajustada.
Amanhã, dia 8, na Velocità Moema, farei a primeira Clínica em São Paulo, que conta com 20 pessoas inscritas. Ainda dá tempo de participar: clique aqui e faça sua inscrição.
Do vídeo, percebo que os voluntários pisam "supinadamente". "Supinar" é um movimento natural ou aquilo é feito intencionalmente? É correto o pé tender a "supinar" ou temos que "tentar" corrigir esta postura? Tenho reparado que, inconscientemente, também tenho feito esta postura.
ResponderExcluirPassada a fase, de quem adota a pisada natural, onde as primeiras dores eram as da panturrilha e posterior da coxa, quais foram os relatos de queixas de dores que você mais tem recebido?
É o da parte periférica externa da planta do pé? Uma dor parecida com a da fasceíte plantar?
Se for isto, acabei de detectá-la faz 2 semanas por conta do que mencionei no parágrafo anterior.
Ontem, lembrando-me que foi porcausa desta fasceíte no pé direito que tive que abortar os treinos para a São Silvestre do ano passado, comecei com uma seção de gelo no pé esquerdo e uma moderada nos treinos para não ter que abortar a São Silvestre deste ano, e que já estou inscrito...
P.S. Sérgio, o que tenho observado é que a partir do momento em que adotei a pisada natural tenho me sentido mais confortável, ou seja, menos sobrecarregado, quando corro em velocidade mais alta do que mais baixa. Explico: Como fazemos o movimento articulado das pernas como se quiséssemos amortecer o impacto, em ritmo lento de corrida, as pernas tendem a "carregar" a massa corporal por mais tempo, enquanto que em ritmo veloz de corrida, aparentemente, o corpo tende a "flutuar". Não sei se estou conseguindo fazer me entender.
Hélio,
ResponderExcluirEsse movimento que você fala é absolutamente natural e não é supinado. Supinação é quando o corredor começa a pisada com o calcanhar, rola e faz o último estágio da pisada "mata-borrão" pela parte externa do calçado.
No padrão de pisada natural, a gente começa a pisada com o ante-pé levemente por fora, o pé rola para dentro, o calcanhar encosta no chão e então o pé elevado para a próximo ciclo.
Se você está sentindo alguma dor, você pode estar batendo o pé no chão com força. Lembre que não é natural sentir dores nas articulações com essa técnica e memorize o mantra: "Se está doendo alguma coisa, estou fazendo algo errado". Procure perceber se você está relaxado o suficiente :)
Na velocidade mais baixa, vc tem que se preocupar e manter a cadência na casa de 180. Se ao correr devagar você sente que carrega mais peso é pq pode estar descuidado dessa parte.
Grande abraço,
Sergio