quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O que Kenenisa Bekele, Mo Farah e Haile tem em comum?

Nenhum dos três começa a pisada com o calcanhar!



Essa filmagem foi feita na milha 12 (19.3 km) da Great North Run. É certo que o que mais se falou nessa corrida foi a disputa final entre Bekele e Farah, mas que é bom ver como esses corredores, que dispensam apresentações, correm de uma forma eficiente e da maneiro que nós, do Corrida Natural, pregamos: pousando com o antepé, próximo ao nosso centro de gravidade e com o corpo levemente inclinado para a frente a partir do tornozelo.

Observação: sei que ando sumido dessas bandas, mas o Corrida no Ar, o novo projeto que tenho tocado, tem me tomado muito tempo, mas prometo que vou atualizar o site com mais frequencia.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Ultraminimalistas: a Nike vai entrar no jogo

Em um post feito em janeiro deste ano falei sobre a criação do Nike Free e o porquê dele não ser drop zero (leia aqui)

O tempo passou, a Nike começou a aplicar o cabedal estilo crochê do Flyknit Racer em outros tênis da linha de performance, como o Flyknit Lunar.

Só para lembrar, esse é o último parágrafo do texto que escrevi em janeiro:

"A única coisa que não posso entender é o por que a Nike não dá um passo adiante nesse história de minimalismo e lança um Free drop zero. Penso aqui com os meus botões, que no momento em que ela fizer isso e usar a sua “fabulosa máquina de marketing”, acho que a mesa vira de vez para o lado dos minimalistas de verdade. Isso se é que ela não anda preparando algo para o futuro. Será?"

Então, ontem o site Runblogger divulgou umas fotos que saíram no NikeBlog.com. E voilà: eis que aparece o Nike Free Flyknit Hyperfeel!

Para facilitar fiz uma tradução livre do post do blog da Nike:  "O Nike Free Flyknit Hyperfeel é o mais próximo do descalço que um tênis da Nike pode te deixar . O cabedal é muito leve, com o Flyknit "superlativamente" respiravél, reforçado pelo Flywire dinâmico que vai até os cadarços.

Na parte de baixo está uma unidade de solado Free extremamente flexível. O número exato ainda não está claro, mas se houvesse um solado Free 2.0, ele certamente seria parecido com esso. Não há data definida de lançamento até agora, mas o tênis é deve sair no final do segundo semestre de 2013".

Aparentemente ele deve ser drop zero, com a sola bem fina, de no máximo uns 10 mm. Quem já colocou um tênis com o cabedal feito em Flyknit sabe que o tecido tem um toque muito agradável na pele e acho que esse modelo (se tudo for verdade...rs) tem tudo para agradar os corredores em busca de mais opções ultraminimas. E com um pedigree e tanto,

Bom colegas, acho que adivinhei. A Nike estava aquecendo e vai entrar no jogo. Será que o placar vai mudar? Vamos aguardar!

Fotos: sneakersaddict.com

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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Conceito novo da Under Armour é interessante por algumas razões...

Sei que ando meio relapso em relação às minhas atualizações aqui no site, mas é que tenho me dedicado muito ao meu novo projeto, o Corrida no Ar. Quem acompanha as coisas que faço sabe que eu fazia, junto com o André Savazoni, o podcast Contra-Relógio no Ar. O programa foi descontinuado, mas agora, me juntei à Fernanda Paradizo, Danilo Balu e Nelton Araújo e estamos fazendo um programa ao vivo todas as segundas e quintas-feiras, às 21 horas ao vivo, no YouTube, usando um recurso do Google+, o Hangout on Air. Quando puderem, dêem uma espiada por lá!

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tres


A Under Armour anunciou através do site Gizmodo uma nova linha de tênis, os SpeedForm. A UA é uma marca que é mais conhecida pelas suas roupas e equipamentos para esportes outdoor e vêm se dedicando a tentar beliscar uma parcela do mercado de running.

Achei bem interessante os tênis pois segundo o pessoal da UA, eles decidiram fazer o tênis à partir do do zero, no bom e velho estilo "se ninguém tivesse feito um tênis até hoje, como deveríamos fazê-lo?" O resultado é bem interessante, pois não há a tradicional costura que junta o cabedal ao solado e nem palmilha. a parte mais inusitada ficou por conta de saber que o cabedal do tênis foi feito em uma fábrica de sutiãs (!) Isso mesmo: sutiãs. Se pensarmos bem, o tecido tem que ser bom para os pés, não gerar fricções e evitar bolhas, então, quem trabalha com sutiãs, tem conhecimento em conforto para a pele (ou ao menos deveria ter).

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A informação que ficou faltando é a espessura do solado e o drop. Visualmente, eu diria que ele tem uns 4 mm ou até zero, mas posso estar enganado. Quem experimentou o tênis diz que ele parece uma extensão do nosso pé, pois o a área do calcanhar é arrendondada como o próprio... calcanhar, oras. Outras características legais são a forma larga e uma linhas na parte superior do cabedal, que, em teoria, acompanham o desenho dos dedos dos pés.

Os tênis custarão US$ 120 - preço de tênis premium nos EUA e serão vendidos nos EUA a partir do segundo semestre. Mas porque estou dando importância a essa linha de tênis se a Under Armour não tem representação no Brasil? É aí que você se engana. Eles tem um escritório no Brasil há dois anos e estavam coletando informações sobre o nosso mercado esse tempo todo. Não é à toa que é possível comprar equipamentos deles pelo site oficial, com cálculos de impostos, pagando em reais e tudo mais (clique aqui). A previsão é que eles entrem no nosso mercado também no segundo semestre e já estão conversando com lojistas. Impossível saber se os SpeedForm chegarão aqui também, mas que vem coisa boa por aí, isso vem!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Então você acha que o drop não tem importância?

Movere


Os dias vão passando e fico cada vez mais achando que o drop dos tênis (a diferença de altura entre o calcanhar e a frente do tênis) é um dos fatores que mais tem importância para que você não consiga executar o movimento que eu considero natural na corrida: o de usar o médio pé como primeiro contato do pé com o chão.

A Raquel Castanharo, que é uma fisioterapeuta com mestrado em biomecânica da corrida, se mudou recentemente para Jundiaí e vem realizando um trabalho interessante com os corredores da região. A maioria dos que a procuram, estão lesionados ou em busca de melhorar sua técnica para evitar futuros problemas.

Um dos primeiros passos do trabalho da Raquel é filmar o corredor em várias posições, analisar possíveis problemas e apontar correções. Nos conhecemos há pouco tempo e Castanharo tem grande simpatia pela corrida natural e trocamos várias figurinhas, pois essa aproximação interessa aos dois. Eu tenho prática e acumulo muitos conhecimentos, alguns científicos e outros empíricos. Já ela, tem grande conhecimento acadêmico e a prática clínica diária.

Em um de nossos papos, surgiu a proposta de ela me filmar correndo para nós vermos, principalmente, como o meu pé se porta descalço e com alguns tipos de calçados.

Veja só como foi.

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A primeira parte é legal para observar a minha técnica: cadência, flexão de joelho e inclinação do corpo. Já as filmagens seguintes foram as mais me chamaram a atenção. Note que quando estou descalço, com o Vibram e com o Saucoy Virrata, o ângulo do pé é praticamente o mesmo (a chamada plantarflexão). O Virrata é um tênis que tem 18 milimetros de espessura de amortecimento, mas tem zero de drop. E quando eu coloco um tênis mais estruturado, mesmo sendo flexível e leve, como o Puma Mobium (que assim como o Virrata, será lançado no Brasil somente no segundo semestre), a posição do meu pé é a mesma, só que o drop faz com que o solado do tênis encoste primeiro o calcanhar no chão. E note que meu tornozelo não está em posição de dorsiflexão (ou seja, não está com a ponta do tênis apontando para cima)

É claro que se eu desse mais umas voltas na pista com ele, meu pé se ajustaria e eu conseguiria pousar com o médio-pé, só que sendo um ajuste, deixaria de ser a posição mais natural para o pé.

Mais uma coisa para se pensar e refletir.

Se você quiser saber um pouco mais sobre o trabalho da Raquel Castanharo, da Movere Fisioterapia, clique aqui.

Veja esse vídeo mais completo  (com outro corredor, o Edivaldo Bueno, vulgo Acerola), que mostra a análise um pouco mais completa da técnica de corrida.

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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Sabia como foi o Dia Internacional da Corrida Descalça 2013 em São Paulo

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Dia 5 de maio foi o International Barefoot Running Day 2013 e pela "primeira vez na história desse país" houve um evento oficial na cidade de São Paulo para comemorar esse dia. O Adolfo Neto organizou o IBRD em Curitiba e o Erik Neves reuniu um pessoal em Brasília.

Em Sampa, o evento contava com 90 inscritos, mas pelo fato das inscrições serem gratuítas, muitos dos que se registraram para a comemoração não compareceram. Foi realmente uma pena, pois além de perderem o evento, que foi muito legal, ocuparam o lugar de pessoas que realmente estavam afim de participar e que entraram em contato comigo durante a semana. O fato é que quando o evento é gratuíto, muitas das pessoas não se sentem obrigadas a comparecer - o que é corriqueiro em provas gratuítas, por exemplo. Bom, lição aprendida. Talvez da próxima vez eu cobre um preço simbólico (R$ 10, por exemplo) e faria a doação da renda para uma entidade beneficente para manter a energia positiva.

IBRD 2013. O Dia Internacional da Corrida Descalça em São Paulo foi na Velocità,  uma loja especializada em tênis de corrida, que tem três filiais em São Paulo. A unidade em que fomos é a mesma onde eu ministro as Clínicas de Corrida Natural desde o ano passado.

O pessoal foi chegando e comendo um lanche, que fazia parte do café da manhã oferecido pela Mizuno. Logo após, fiz uma pequena apresentação explicando o que era o IBRD, das vantagens e desvantagens de se correr descalço, uma pequena propaganda das Clínicas de Corrida Natural que promovo e o pedido para que aqueles que nunca haviam corrido descalços, que o fizessem pelo menos no início e no final do treinão para se acostumar e perder o receio.

PERCURSO. Fomos em direção ao parque do Ibirapuera, demos uma volta por dentro e retornamos à Velocità. Durante o treino pude conversar com o pessoal e pude notar que todos conversavam muito sobre a técnica, sobre suas experiências pessoais e as lesões que tiveram antes de fazer a transição para a corrida descalça ou aos minimalistas. Acho que devemos ter batido o recorde mundial de corredores descalços no Parque do Ibirapuera, já que raramente vejo pessoas correndo sem tênis por lá.

De volta à loja, mais bate-papo entre os corredores e um lanche bem mais recheado esperando todos. Dentre os participantes, gostaria de destacar três pessoas:

1) O boliviano Carlos Rico San Martin, que correu o tempo todo com duas pequenas bandeiras - uma do Brasil e outra da Bolívia - uma simpatia. Valeu, Carlos!

2) Marcelo Viseu, que veio do Rio de Janeiro exclusivamente para participar o IBRD junto com a gente. O Marcelo adota o estilo de vida descalço desde 2000 e começou a correr há pouco. Benvido à corrida descalça, Marcelo!

3) A Sirlei Christoforo ficou tão empolgada e à vontade ao correr descalça que tive que suplicar que ela voltasse a colocar os tênis após três quilômetros. Espero que suas panturrilhas não estejam te matando hoje, Sirlei!

A Mizuno também ofereceu dois pares de tênis da linha EVO para serem sorteados - um masculino e um feminino. A Priscila Frige, ganhou um EVO Cursoris e o Eduardo Cunha, um Levitas. Parabéns aos dois!

Queria agradecer imensamente à todos os amigos que compareceram ao IBRD 2013 em São Paulo e à parceria com a Velocità e a Mizuno, que contribuíram muito para que o evento pudesse ser realizado. Foi muito bom rever os amigos e conhecer novas pessoas. Estou estudando a possibilidade de realizar treinos com mais frequencia para juntar o pessoal.

Espero que todos que participaram tenham gostado da experiência!

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Dia Internacional da Corrida Descalça é no domingo, dia 5 de maio

IBRD2013_ok

O International Barefoot Running Day, ou Dia Internacional da Corrida Descalça é nesse próximo domingo, dia 5 de maio.

O que é o Dia Internacional da Corrida Descalça? É um dia criado pela Barefoot Runners Society (ou Sociedade dos Corredores Descalços) e que visa “chamar a atenção para a corrida descalça e minimalista, demonstrar apoio ao esporte que adoramos e se divertir muito em um momento internacional de solidariedade descalça”, O BRS tem uma “seccional” brasileira no Facebook e é “presidida” pelo Erik Neves (clique aqui para conhecer). A ideia de promover o Dia Internacional da Corrida Descalça surgiu nos fóruns da BRS em dezembro de 2010 e passou a ser realizado todo primeiro final de semana de maio desde então.

Eu organizei junto à Velocità um evento na Velocità Moema, mas as primeiras inscrições evaporaram rápidamente. Abri mais algumas e também foram preenchidas. Fiquei muito surpreso e feliz com a procura. São 90 inscritos!

Nada impede que você faça o seu próprio evento! Junte os seus amigos e faça sua homenagem. Se o fizer, me mande fotos para o post especial sobre o IBRD 2013 na semana que vem. (sergio [arroba] corridanatural.com.br)

OUTROS EVENTOS NO BRASIL

- CURITIBA: O Adolfo Neto está organizando dois eventos, um no sábado e outro no domingo: http://professoradolfo.blogspot.com.br/2013/04/dia-internacional-da-corrida-descalca.html

- BRASÍLIA: O presidente da filial brasileira da Barefoot Runners Society, Erik Neves, também vai juntar o pessoal. https://www.facebook.com/events/321426367986743/

Confira aqui os lugares espalhados pelo mundo onde irão rolar os eventos:

O que é a “The Barefoot Runners Society”? É uma organização virtual com mais de 5.000 membros cadastrados e 80 capítulos (ou filiais) pelo mundo. A BRS tem um site e um forum dedicados à promover a corrida descalça/minimalista que fornece recursos e apoio para esses corredores. Sua missão inclui mostrar os benefícios dessa forma de correr às pessoas e derrubar mitos nesse processo.

Bom Dia Internacional da Corrida Descalça para você!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Participe do Dia Internacional da Corrida Descalça em São Paulo

INSCRIÇÕES ESGOTADAS!



As inscrições se esgotaram rapidamente. Muito obrigado a todos! Nos vemos no domingo!


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IBRD2013_ok


No final do mês passado falei sobre a realização do International Barefoot Running Day (leia aqui). Mas, reproduzo abaixo novamente os conceitos.

O que é o Dia Internacional da Corrida Descalça? É um dia criado pela Barefoot Runners Society (ou Sociedade dos Corredores Descalços) e que visa "chamar a atenção para a corrida descalça e minimalista, demonstrar apoio ao esporte que adoramos e se divertir muito em um momento internacional de solidariedade descalça", O BRS tem uma "seccional" brasileira no Facebook e é "presidida" pelo Erik Neves (clique aqui para conhecer). A ideia de promover o Dia Internacional da Corrida Descalça surgiu nos fóruns da BRS em dezembro de 2010 e passou a ser realizado todo primeiro final de semana de maio desde então.

O que é a "The Barefoot Runners Society"? É uma organização virtual com mais de 5.000 membros cadastrados e 80 capítulos (ou filiais) pelo mundo. A BRS tem um site e um forum dedicados à promover a corrida descalça/minimalista que fornece recursos e apoio para esses corredores. Sua missão inclui mostrar os benefícios dessa forma de correr às pessoas e derrubar mitos nesse processo.

Fechei com o pessoal da Velocità (a quem agradeço a grande parceira) e o International Barefoot Running Day será no mesmo local onde ocorrem as Clínicas de Corrida Natural, ou seja, na unidade de Moema. Quando estive na Mizuno 10 Miles no dia 21 de abril, comentei sobre esse evento com a gerente de marketing da Mizuno e ela decidiu oferecer um café da manhã para os corredores. A Velocità também vai vender os tênis da linha minimalista da marca, a série EVO, com desconto especial para o IBRD.

Quero declarar publicamente e deixar claro que não estou recebendo nada em troca tanto da Mizuno, como da Velocità e que esse evento é absolutamente gratuíto. É só aparecer, correr com a gente descalço, com um minimalista, com um tênis tradicional, de chinelos ou como você preferir. Estou adorando poder realizar uma edição do IRBD em São Paulo, pois ele já acontece internacionalmente há dois anos e já foram feitas ações de IBRD no ano passado em Curitiba e em Belo Horizonte (clique aqui).

QUANDO SERÁ?

Dia 5 de maio, na Velocità Moema - av. Pavão 342, Moema, São Paulo

COMO PARTICIPAR?

As inscrições eram limitadas e se esgotaram.

COMO DEVO IR?

Com roupa de corrida, descalço, de huaraches ou com o seu par de tênis predileto, seja minimalista ou não.

PROGRAMAÇÃO:

09:30 - Lanche

10:00 - Breve explicação do evento e um "treinão" com os corredores.

11:00 - Café da manhã oferecido pela Mizuno.

PERCURSO

Aproximandamente 6,5 km saindo da frente da loja, indo até o parque do Ibirapuera, entrando pela av. Quarto Centenário, percorrendo o circuito de 3 km dentro do parque e retornando a Velocità. Será um "treinão" em ritmo leve, ou seja, um passeio curtindo a paisagem, conversando com os colegas e trocando experiências.

PARA QUEM É

Para todos que já correm ou estão começando a correr descalços ou com tênis minimalistas. Para aqueles que simpatizam com a ideia é uma ótima oportunidade de receber dicas preciosas para sua adaptação.

NÃO MORO EM SÃO PAULO. POSSO ORGANIZAR UM IBRD NA MINHA CIDADE?

Sem dúvida! Você pode agitar algo na sua cidade ou no seu bairro. Caso decida fazer, me envie um e-mail (sergio [arroba] corridanatural.com.br) para que eu possa divulgar aqui no site durante a semana. Na segunda-feira, você pode enviar as fotos e relatos do IBRD que você fez para o mesmo e-mail, pois vou preparar um post especial sobre o IBRD.

Até lá!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

3 competições, 3 finais de semanas, 3 tênis minimalistas

Corro há uns 15 anos, mas descalço e com minimalistas há quase 4. Por experiência e aconselhamento de treinadores, não costumo competir em finais de semana consecutivos. Aliás, raramente compito duas vezes em um mesmo mês. Das vezes que fiz isso, ia sempre muito mal na segunda prova.

Mas.... aconteceu e competi três finais de semana consecutivos. De qualquer forma serviu como um teste para três tênis minimalistas diferentes em provas com distâncias distintas.

Vamos lá:

EcoPaineiras 10 km, em Jundiaí (7/4): primeira competição usando o Merrell Vapor Glove. Tenho a leve impressão de que talvez tenha comprado o número errado. Calço US 10 para todos os modelos, mas esse, em particular, parece ser maior do que deveria. A escolha da meia foi equivocada pois o tênis deu uma "sambada" no pé e a fricção fez aparecer uma bolha de sangue no pé esquerdo, logo no antepé. Mas fui bem e, ao lado do amigo Luis Augusto de Jundiaí, fiz 42:20 - meu recorde pessoal. Acho o Vapor Glove incrível, mesmo sendo mais largo do que deveria, pois tem quase nada de amortecimento e é muito parecido com o Five Fingers, só que sem a separação dos dedos.

Meia da Corpore (14/4): Quando fiz minha melhor marca em meia-maratona, estava usando um Skechers goBionic (Golden Four Asics  Brasília 2012). Apesar de ter ficado em dúvida de qual tênis usar, principalmente por causa do problema que tive com o Vapor Glove, decidi não mexer em time que estava ganhando. Talvez um pouquinho de amortecimento fosse bom para a Meia. Gosto bastante do goBionic e ele se portou bem mesmo e mostrou que se dá bem quando fica bem molhado, pois estava garoando o tempo todo. Consegui novamente melhorar minha marca: 1:32:47.

Mizunos 10 Miles (21/4): Tinha sido convidado pela Mizuno para correr essa prova e meu plano era apenas "rodar", ou seja, fazer em ritmo bem leve pois já tinha feito duas provas em ritmo forte. Aproveitei para estrear o EVO Levitas que tinha recebido para testes. Digo estrear, pois como já disse, calço US 10, mas por uma falha de comunicação, o tênis que me mandaram é US 9.5 e o cabedal ficava muito apertado no meu pé. Então, para ajustar, retirei a palmilha  - que é algo que  sempre faço, mas nesse caso era absolutamente necessário. Lembrem-se que as palmilhas deixam você ainda mais longe do chão - essa do EVO adiciona soma 4 mm à espessura total do tênis. Teste de fogo usar um tênis novo em competição, mas foi deu tudo certo. O problema foi ter recebido um número para sair com a elite (!). Dada a largada, tentei ajustar o ritmo, mas passei o primeiro km com 4:20... Bom, puxei um pouco o freio, mas mesmo assim completei a prova com 4:28 min/km de média, completando com 1:12:01. O Levitas tem o amortecimento firme, o que me agrada bastante, pois quanto mais macio o amortecimento, mesmo com pouca espessura, acaba interferindo de alguma forma na postura e na forma de tocar o solo.

Agora, meu foco é os 10 km da Tribuna e ainda não decidi com qual tênis vou e também não elegi o meu preferido para as provas. Quem mandou ter muitas opções?

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Review do Vibram Five Fingers SeeYa

Comprei o Vibram Five Fingers SeeYa  quando estive em Nova York para o lançamento do Puma Mobium, em fevereiro. Eu não tinha muito tempo para procurar coisas específicas e quis comprar algo que dificilmente estaria à venda no Brasil. Explico: apesar da Davison Division ter trazido alguns modelos do VFF para cá, aparentemente a operação parou e não devemos ver os modelos mais novos nas prateleiras das lojas. É até por isso que estamos vendo os VFF com preços tão reduzidos por aí.

[caption id="attachment_4407" align="alignnone" width="595"]Seeya_10 Da esq. para a dir.: VFF KSO, SeeYa e Bikila[/caption]

PESO. O SeeYa é o VFF mais leve que já calcei. São 126 gramas contra 153 g do KSO e 164 g do Bikila. O tecido de mesh cobre totalmente o cabedal e tem o toque muito agradável, bem diferente dos outros dois modelos citados. Até os tecidos sintéticos que compõe a alça que tem velcro para ajuste são bem finos, o que contribui para o baixo peso.

VISUAL. O SeeYa é menos chamativo que seus antecessores (tirando a cor, claro). Acho que o fato da borracha do solado não subir para cobrir as pontas dos dedos como no KSO e no Bikila ajudam bastante nisso e o tornam menos "estranhos". Com ele no pé a sensação é de estar com uma meia, pois o mesh é bem fino.

CALÇE. Dentre os modelos que já usei, esse é o VFF mais fácil de calçar. Isso começa pelo "colar", bem mais largo, que facilita a introdução do pé e o encaixe dos dedos em seus "bolsos" particulares.

COSTURAS. Ainda não entendo como a Vibram insiste em colocar algumas costuras na parte interna do cabedal. Tenho amigos usam os VFF sem meias e não tem problemas, mas eu tenho. Para usar os VFF preciso de uma meia (já fiz até um post sobre isso) mas acho isso ruim, pois isso diminui o retorno sensorial dos pés.

PERFORMANCE. Por ser mais fino e maleável, o SeeYa é o melhor modelo de VFF com o qual corri. Fiz algumas rodagens e corri a Meia-Maratona de Campinas usando ele (com meias). Ainda sinto que esse lance de separar dos dedos dos pés não é natural e dificulta um pouco a flexão dos mesmos durante a aterrisagem. Mas isso acontece em uma escala bem menor no SeeYa do que nos outros.

ADAPTAÇÃO. Se você já tem experiência com os VFF ou descalço, certamente vai gostar desse modelo, mas se você nunca correu com um desses, recomendo que leia primeiro a seção de adaptação do site para não ir com sede demais ao pote.

QUANTO CUSTA. O SeeYa custa US$ 100 nos EUA e para comprá-lo você terá que usar sites de lojas de tênis estrangeiras e pagar os impostos pelos Correios. Outra opção é trazer de uma viagem ou contar com aquele amigo ou amiga para trazer um para você.

FOTOS

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Obs: A Vibram lançou o modelo EL-X, que segundo o site Birthdayshoes.com, é 10% mais leve que o SeeYa. No entanto, não ele não tem a alça de velcro para o ajuste e a Vibram o categoriza como um modelo de fitness e não de corrida.

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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Mais informações sobre os tênis da ToPo Athletic

A ToPo Athletic é uma nova marca de tênis de corrida e fundada por Tony Post, executivo responsável pelo sucesso dos Vibram Five Fingers nos EUA (Leia aqui o post que fiz a respeito). Para poupar seu tempo, reproduzo as premissas básicas dos tênis da ToPo:

Dedão separado: baseado no Tabi shoe, ou naquelas sapatilhas ninja, ou mesmo na Zem. Segundo a marca, a separação “cria um ponto único de fixação com o antepé, oferecendo mais segurança e uma conexão maior com o  calçado”. Eu, pessoalmente, sou simpático à divisão apenas do dedão.

Forma larga: segundo o release oficial, a forma é larga para permitir que os dedos restantes (dedão fora, lembra?) se espalhem naturalmente,  oferecendo conforto e controle para ótima performance”.


Tecidos soldados:  Não faz sentido oferecer uma experiência próxima ao descalço e ao mesmo tempo obrigar que se utilize meias para usar o calçado. Tecidos soldados (são colados à laser, portanto dispensam costuras) são usados por várias marcas de tênis esportivos como a Nike e são uma garantia contra o surgimento de bolhas e ferimentos gerados por fricção.


Drop zero: eles dizem que todos os modelos são drop zero pois não acham que “o tênis deva ‘consertar’ o jeito que você corre”.

O site Examiner publicou mais detalhes dos ToPo que serão lançados no mês que vem nos EUA, e eu já tinha escrito no meu post que o modelo RR seria o mais interessante para corrida e, provavelmente, é mesmo (ele custará US$ 130). Gostei muito do formato do solado, do peso (150 gramas para o número 40) e da espessura total, que, tirando a palmilha (3 mm), fica em 9 mm (3 mm de solado e 6 mm de entressola de EVA). Veja as diferenças entre o modelo masculino e feminino. A única dúvida que tenho é se esse sistema de amarração (Boa) funciona bem. Bom, só usando para saber.

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Infelizmente, não dá para saber se os tênis virão para o Brasil. As únicas alternativas são a compra por internet pagando impostos de importação ou trazer um de uma viagem para o exterior.

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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Adidas lançará o Adios Boost oficialmente na Maratona de Boston

O site Sneakers BR publicou as fotos de dois novos lançamentos da Adidas que usam o novo composto de entressola da marca, o Adistar Boost e a atualização do Adios - o Adios Boost. Os dois serão apresentados na Expo da Maratona de Boston nesse final de semana e é bem capaz que os atletas patrocinados pela Adidas usem o novo Adios na prova, que acontece na próxima segunda-feira (feriado local - Dia do Patriota).

Alías, o Adios é o tênis predileto de vários corredores que conheço e foi calçando ele que Patrick Makau e Geoffrey Mutai bateram, respectivamente, o recorde mundial (2:03:38 - Berlim 2011) e a melhor marca da maratona (2:03:02 - Boston 2011).

No entanto, há duas coisas que me desagradam nele: o drop alto (9 mm) e a forma muito estreita. Na verdade é tão estreita, que em geral é necessário usar um número ainda maior para caber no pé.

Meu amigo André Savazoni irá correr em Boston e é bem capaz que volte com um desses nos pés e então veremos do que ele é capaz de fazer, pois ainda não estou convencido que a tal composto de TPU (Boost) possa melhor a performance, já que a Adidas não divulgou nenhum estudo nesse sentido (leia aqui o post que fiz a esse respeito).

É capaz do Adios Boost dar as suas caras no Brasil no segundo semestre, mas ainda vou apurar essa informação e atualizarei o post.

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terça-feira, 9 de abril de 2013

Estréia "Natural Born Runner", revista britânica sobre corrida descalça, natural e minimalista

Foi lançada no Reino Unido a primeira edição da revista "Natural Born Runner" (ou "Corredor por Natureza").

Começa com o pé direito pois tem no painel de colaboradores nada menos que Daniel E. Liberman, Irene Davis, Mark Cucuzzella, Ken Bob Saxton, Barefoot Ted,  Nicholas Campitelli, Lee Saxby, entre outros.

Os textos são de altíssima qualidade (em inglês) e o design da revista é muito bom.

Clique aqui e baixe o PDF da primeira edição.

Você também pode pedir para assinar a revista através do e-mail subscriptions@eddingtonmedia.com ou acessar o site oficial aqui.

Troquei alguns e-mails com John Eddington, publisher da NBR, e ele me afirmou que planejava o lançamento da revista há alguns anos e que só a lançou quando conseguiu reunir os colaboradores que ele gostaria de envolver no projeto. À princípio, a revista terá quatro edições no ano e se houver demanda, eles diminuirão a periodicidade.

Fiz uma tradução livre do da apresentação da revista no site para que vocês possam saber das intenções dos editores. Esses são também os três primeiros parágrafos do editorial da primeira edição.

"Benvindo à revista Corredor por Natureza

A motivação para essa revista foi a falta de informações claras sobre o estilo de corrida natural e descalço quando eu comecei a pesquisar a respeito. Contradições e desinformação parecem ser abundantes. Algumas revistas de corrida abordaram esse tópico de forma superficial, mas eu queria ler artigos profundos e não notas de 400 palavras sugerindo que há algo ali, mas quem sabe?

Nós decidimos produzir uma revista que pudesse ser foco de debate e discussão sobre corrida descalça e natural - um lugar em que você possa ler histórias de corredores descalços/naturais experientes; saber dos potenciais benefícios para a sua saúde se você correr com um gesto de corrida mais eficiente; e onde você possa ficar atualizado com o desenvolvimento das pesquisas científicas desses tópicos.

Está na mão dos leitores, é claro, de escolher quais ideias funcionam melhor para eles, mas se você está escolhendo a partir de uma reunião de ideias apresentadas por especialistas no assunto é um ótimo ponto de partida. A meta portanto, é de esclarecer para as pessoas quais opções existem, na esperança de que todos possam curtir mais a sua corrida.

John Eddington, publisher"

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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Resultado do Concurso Cultural Corrida Natural & Mizuno

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Primeiramente gostaria de agradecer a todos que participaram do Concurso Cultural Corrida Natural/Mizuno. Recebemos um total de 138 frases, que foram filtradas e dessas sobram 10 que foram para a "finalíssima".

Só para lembrar, a frase vencedora tinha que responder de forma criativa a pergunta: "O que significa 'Corrida Natural' para você?".

O autor da frase vencedora foi Ricardo Luiz Hideki Nishizaki, de São Paulo, SP. A frase enviada foi a seguinte:  "Corrida natural é correr vestido com o próprio corpo".

Entraremos em contato com o Ricardo para que ele possa nos informar qual modelo da linha EVO ele escolheu (Levitas ou Cursoris) e a sua numeração.

Em breve faremos novos concursos. Aguardem!

Boa matéria sobre corrida descalça no portal Eu Atleta, do GloboEsporte.com

Euatleta

É sempre bom ler matérias em português abordando a corrida descalça, principalmente quando não é tendenciosa para o "outro lado da força", se é que vocês me entendem.

"Correndo descalço: descubra o que acontece com o corpo no exercício" foi escrita pela fisioterapeuta Raquel Castanharo, que tem mestrado em biomecânica de corrida. A matéria descreve bem os prováveis benefícios da técnica natural/descalça e também a falta mais de estudos científicos que comprovem isso (existem alguns, é verdade, mas precisamos de mais).

Vejam bem, o portal Eu Atleta tem uma audiência altíssima, os textos não são extensos e não podem ser muito profundos exatamente por essa razão. Se tenho uma crítica ao artigo, seria o fato de não citar a falta de estudos reversos ao da corrida descalça, como por exemplo a falta de estudos que mostrem que correr usando o calcanhar na aterrisagem é melhor.

A Raquel mudou para Jundiaí há pouco e nos conhecemos recentemente. Compartilhamos o interesse na corrida descalça (eu na prática e ela na ciência e em sua clínica), e já estou tratando de arregimentá-la para contribuir para o site Corrida Natural.

Clique aqui e leia o artigo completo

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Clínica de Corrida Natural em Piracicaba

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No sábado, dia 6 de abril, aconteceu a primeira Clínica de Corrida Natural no Espaço Gaia, em Piracicaba.

Como sempre digo, gosto muito de fazer as Clínicas e conhecer as pessoas que se interessam no assunto. Para mim também é ótimo rever minhas convicções. A volta no quarteirão com todos correndo descalços é sempre o ponto alto da Clínica. Tão alto, que na empolgação, esqueci totalmente de fazer as filmagens posteriores e análise das mudanças no pessoal, a quem me desculpo.

É muito legal observar a reação dos participantes ao fazerem essa volta no quarteirão. Uma série de desconfianças vão embora e fico com a sensação que meu papel de plantar a semente foi cumprido, pois é  nesse momento em que os conhecimentos adquiridos na palestra se consolidam.

Agradeço à Gabriela do Espaço Gaia por ter aberto às portas para a palestra e o Augusto das camisetas Vamos Correndo por ter tomado a iniciativa de levar a Clínica à Piracicaba. Já estamos programando uma nova data para o segundo semestre. Se você não pôde ir, fique ligado!

Veja aqui o álbum de fotos da Clínica em Piracicaba da Gaia no Facebook.

A próxima Clínica será realizada na academia CNM Sports, em Jundiaí (SP), no dia 4 de maio (sábado), das 15h às 17h. Inscreva-se clicando aqui.

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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Clínica em Piracicaba e final do Concurso Cultural Corrida Natural & Mizuno

Logo_Espac¸o_Gaia_v2Amanhã, sábado, estarei no Espaço Gaia, em Piracicaba para a realização da primeira Clínica de Corrida Natural na cidade. Estou ansioso para o evento e para as boas discussões que deverão acontecer amanhã. Ainda há tempo de se inscrever! Clique aqui

 

Já o Levitas é o que mais me atrai. Tem, segundo o fabricante, uma entressola de 8 mm (a ver) e pesa 185 gramas

Hoje é o último dia do Concurso Cultural Corrida Natural e Mizuno. Para participar, basta ser criativo e responder a frase: "O que é Corrida Natural para você?". O autor da melhor resposta vai poder escolher um dos novos modelos minimalistas da Mizuno, o EVO Cursoris ou o Levitas. Clique aqui para participar!


 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Atualizando as informações sobre o NB Hi-REZ

NewBalance-Hi-Rez-Colorways

Na segunda-feira fiz um post (leia aqui) que falava sobre o Hi-REZ (foto Nicholas Pang/Wear Tested), o novo ultraminimalista da New Balance, e citava que ele provavelmente custaria entre R$ 450 e R$ 500, dado o seu preço nos EUA (US$ 120) e a lógica de preços aplicados aos tênis de corrida aqui no Brasil.

Ao consultar o gerente de marketing da NB do Brasil, tive a grata supresa de saber que o tênis irá chegar no Brasil no final do ano por volta de R$ 300 - um preço altamente competitivo!

Ciro Violin (8:40 no Ironman da Flórida em 2012), triatleta patrocinado pela NB está correndo com o Hi-REZ desde novembro do ano passado, me falou o seguinte: "A forma é bem diferente dos Minimus. Você sente todas as imperfeição do solo e qualquer pedra por menor que seja. Ele não tem uma 'palmilha rígida' e você é capaz de fazer até um 'rolinho' com o tênis, de tão flexível que ele é. A única coisa que achei de negativo é que o solado desgastou com certa rapidez."

O modelo que o Ciro recebeu é uma amostra e alterações podem ter sido feitas para o caso do solado. Ele curte o minimalismo desde 2005, não corre descalço mas levanta uma ótima bandeira que diz que devemos "correr com os tênis, da maneira como você correria descalço". Nós concordamos! 

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Para ir para a frente é melhor tirar o pé do breque

Toda vez que o corredor começa a pisada com o calcanhar, ele breca. Isso é tradicionalmente chamado de "Fase de Breque" pelos educadores físicos.

Lembre da 3ª lei de Newton: "A toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade: ou as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas em sentidos opostos."

Começando a pisada com o calcanhar, logo à frente do corpo, a força de reação do solo é igualmente proporcional e na direção contrária ao sentido da corrida. Veja:

Screen shot 2013-01-24 at 7.14.03 AM
Crédito da imagem: Natural Running Center

Isso não faz muito sentido, faz? É como estivessemos dirigindo o carro e ficar pisando no breque a todo instante. Como mudar isso? Cadência e postura.

1) Cadência de no mínimo 180 passos por minuto praticamente nos obriga a pisar próximos ao nosso centro de gravidade.

2) Postura. O corpo deve estar ereto e levemente inclinado para a frente.

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Dúvidas? Acesse a seção de adaptação e nosso fórum.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Site Wear Tested testou o novíssimo ultraminimalista da New Balance, o Hi-REZ

newbalance-hi-rez-profile

O site Wear Tested publicou um longo review sobre o novo tênis da New Balance que acaba de chegar às prateleiras norte-americanas (foto Nicholas Pang/Wear Tested).

Ultraminimalista como o Merrell Vapor Glove (que estou testando e em breve falo mais sobre ele), o Hi-REZ tem apenas 6 mm de espessura e é ridiculamente leve: 119 gramas para o tamanho 43.

O Hi-REZ (que deve um apelido para Hi-Resolution, ou alta resolução "perceptiva"), tem 42 "pods" independente para tornar a corrida o mais próximo possível do descalço. Estou impressionado com o calçado e louco para colocar um dele nos pés.

Leia aqui o review completo

A boa notícia é que, embora em pequena quantidade, o Hi-REZ chegará ao Brasil em algumas lojas selecionadas no segundo semestre deste ano, com preço ainda a ser definido (ele custa US$ 120 lá nos EUA, portanto, deve chegar aqui na casa dos R$ 500, imagino) .

Vamos aguardar!

Inscrições abertas para Clínica de Corrida Natural em Jundiaí, dia 4 de maio

Quero tentar desfazer a máxima de que em casa de ferreiro, o espeto é de pau.

Desde que comecei a ministrar as Clínicas de Corrida Natural, tenho sido cobrado por meus amigos corredores de Jundiaí, onde moro. "E então, quando você vai fazer a Clínica por aqui?"

Em Jundiaí sou conhecido como "aquele maluco que corre descalço na avenida",  "o cara que corre de sandálias" ou "ele não corre descalço? Por que está de tênis hoje?".

CNMPortanto, no dia 4 de maio, das 15 às 17 horas, vou apresentar a Clínica na Academia CNM Sports Center, que fica na av. Gumercino Barranqueiros (mais conhecida como Estrada da Malota), número 236.

 

Se você quer aprender como correr descalço, como tênis minimalistas e melhorar sua técnica, não perca! Clique no botão abaixo para se inscrever.



Clique aqui e saiba como é feita a Clínica

Saiba como foram as Clínicas na Velocità em SP (dez 2012, mar 2013), Recife (PE) e em Palmas (TO)

Leia aqui os depoimentos de quem já partipou das Clínicas

Se você mora em Piracicaba e região, vou ministar uma Clínica no Espaço Gaia neste próximo sábado. Clique aqui e se inscreva.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Redefinindo o conceito de tênis minimalista

ultraminimal

Quando a "onda" minimalista tomou corpo 2008-09, só havia o Vibram Five Fingers, que a princípio tinha sido pensando para esportes náuticos. A "comunidade" dos corredores descalços acabou por adotar os VFF, principalmente depois do advento do livro "Nascidos para Correr",  e definir o que seria realmente um modelo minimalista: um tênis que permita o movimento natural dos pés. Para isso, ele teria que ter as seguintes características:

1) "Drop zero", ou seja, não pode haver diferença entre a altura do calcanhar e a frente dos pés

2) Flexibilidade. O tênis deve ser flexível ao ponto de poder "enrolar" ele com a mão.

3) Forma larga. Principalmente na parte da frente dos pés. É lá que os dedos do corredor podem se mexer livremente.

4) Quase nada ou nenhum amortecimento. Porque descalço você não tem proteção nenhuma, então se tiver, que seja apenas um proteção.

5) Não ter nenhum tipo de suporte. Para o arco dos pés, sistemas anti-torção, etc.

6) Leveza. Não adianta ter todas as características acima, se o tênis pesar 300 gramas.

Agora, anos depois, muitos modelos apareceram no mercado e muitas marcas diminuiram o drop, deixaram os tênis mais leves, cortaram alguns milímetros de EVA e passaram a dizer que os seus novos modelos são minimalistas. Eu não os condeno. Não foi a indústria que realmente criou esse rótulo e há certa divergência e confusão nas definições de marca para marca.

Precisamos separar o joio do trigo e algumas lojas on-line no exterior já passaram a distinguir os tênis "quase-descalço" daqueles que tem algumas das características dos minimalistas.

Os "quase descalço" tem sido chamados de "barefoot- style shoes", ou "tênis estilo-descalço" (fica bem estranho em português). Outra terminologia que me agrada bastante é chamá-los de ultraminimalistas. Portanto, aqueles tênis que tem todas as características as quais considerávamos minimalistas, passo agora a chamá-los de ultraminimalistas - ex: Vibram Five Fingers, Skechers Go Bionic, os Minimus Zero da NB, EVO da Mizuno e Hattori da Saucony (o essencial é que o tênis seja drop zero).

E os minimalistas? São aqueles que tem a maioria das características dos ultra, mas faltando algo. Por exemplo, os Nike Free. São flexíveis, leves, forma larga, sem suporte, mas tem drop e considerável amortecimento. É um minimalista para mim a partir de agora. Outros exemplos: Saucony Kinvara. O drop desses modelos varia entre 4 e 8 mm. Há casos específicos como o SauconyVirrata, que tem drop zero, mas 18 mm de espessura de espuma de amortecimento. Este será considerado minimalista pois fica um tanto distante do chão para ser considerado um tênis "quase descalço".

Um forma mais prática seria ver o tênis minimalistas como aquele que fica entre os tênis tradicionais e os ultraminimalistas.

Vou começar a mudar o quadro TÊNIS, DROP & CIA para ajustá-lo às novas definições.

Dicas de adaptação aos minimalistas e corrida descalça no site

Desde que comecei a fazer o site no final do ano passado sentia que faltava algo. Nesse final de semana "descobri" o que era: uma seção apenas sobre adaptação para a corrida minimalista e descalça. Ou seja, à corrida natural.

Não adianta nada ter um blog que tem algumas postagens falando sobre isso se não se pode encontrar tudo em um lugar só e facilita para aqueles que chegam no site pela primeira vez.

Reuni informações básicas que apresento nas Clínicas e disponibilizo links e vídeos de marcas que abordam esse assunto.

É só clicar na aba "ADAPTAÇÃO" e pronto.

Não esqueça que o FÓRUM existe para a troca de informações, experências e esclarecimento de dúvidas entre todos os frequentadores do site.

Boas corridas!

quinta-feira, 28 de março de 2013

É possível correr descalço em qualquer terreno? Conheça o Arnoldo...

Arnoldo_Catia

Arnoldo Boson, de Belo Horizonte, é o ninja da corrida descalça brasileira. Se você acha que é impossível correr rápido no cascalho e regiões cheias de pedras e pedrinhas, lá vem o Arnoldo voando baixo.

Esse vídeo mostra como ele domina bem a técnica. Sua companheira de Vibram é a Cátia Caldeira, que apesar de estar protegendo os pés, já fez a Maratona do Rio descalça.

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Por favor, "Corrida Natural" não é uma prova...

Faz duas semanas que venho recebendo alguns e-mails, digamos assim, diferentes.

Vou dar alguns exemplos, claro que sem identificar os remententes:

"Eu trabalho com montagem de quiosques de massagem em eventos,  e gostaria de saber se é possível a montagem de quiosques de massagem para os atletas..."

"Boa noite.  Gostaria de lhes apresentar a nossa empresa de cronometragem, peço a gentileza de me enviar o contato responsável pela corrida de vocês."

"Bom dia, poderia lhe enviar um orçamento de água mineral e isotônico p/sua corrida?"

Até entendo que o nome "Corrida Natural" possa até atrair  prestadores de serviços em uma busca pelo Google, mas não custa nada ver primeiro do que se trata o site.  Mas é claro que dei boas risadas com cada mensagem, e por isso decidi compartilhar com vocês.

Aviso aos navegantes incautos: não, não somos uma prova pedestre.  A não ser que vocês queiram cronometrar e fornecer água, gatorade e massagem para a tradicional volta no quarteirão que faço nas Clínicas de Corrida Natural que promovo...

 

quarta-feira, 27 de março de 2013

Dia Internacional da Corrida Descalça será no dia 5 de maio

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Ano passado eu anunciei que haveria o 2º International Barefoot Running Day, ou Dia Internacional da Corrida Descalça (leia aqui).

O que é o Dia Internacional da Corrida Descalça? É um dia criado pela Barefoot Runners Society e que visa "chamar a atenção para a corrida descalça e minimalista, demonstrar apoio ao esporte que adoramos e se divertir muito em um momento internacional de solidariedade descalça", O BRS tem uma "seccional" brasileira no Facebook e é "presidida" pelo Erik Neves (clique aqui para conhecer).

Bom, vai estar rolando eventos no mundo todo e dessa vez, além de anunciar, me me sinto no dever de tentar agitar algo, pelo menos aqui em São Paulo.

À princípio, penso em sair da frente da Velocità Pinheiros (em frente a praça onde fica a FNAC), loja parceira das Clínicas de Corrida Natural aqui em Sampa e seguir em direção do Parque Villa Lobos. Será algo bem informal, já que a loja está fechada aos domingos. O evento é livre, free, voluntário -  participa quem quiser.

Domingo é dia da Cliclovia de Lazer em São Paulo, então poderíamos correr no canteiro central da avenida Pedroso de Moraes percorrendo cerca de 4 km ida e volta ou um percurso ainda a ser traçado (estou aberto à sugestões).

Se você não mora em São Paulo, não há problema, você pode agitar algo na sua cidade ou seu bairro e me mandar fotos e relatos das atividades, pois farei um post sobre IBRD aqui no blog do Corrida Natural.

Você não precisa ser um corredor descalço ou minimalista para participar do evento, basta ser simpatizante da ideia. Pode aparecer com qualquer tipo de calçado, sandálias, VFF, miniamlistas, tênis tradicionais ou até coturno!

E então? Vamos lá?

terça-feira, 26 de março de 2013

Mais alguns detalhes sobre o FAAS 100R, o minimalista da Puma

FAAS100

No início de dezembro do ano passado eu havia mostrado que a Puma tinha apresentado o FAAS 100, o minimalista da marca, em uma feira nos EUA (leia aqui).

Ontem, o Mario Fraioli (um tremendo treinador) do site Competitor.com (veja aqui o vídeo), conversou com Nikhil Jain, um dos representantes da marca, que deu mais detalhes do FAAS 100R.

1) Me parece ser bem flexível (como ele não "torceu" o tênis, não dá para saber o quanto flexível ele realmente é).

2) Ele tem 16 mm de espessura de amortecimento e zero de drop (em geral essa medida é feita sem contar a espessura da palmilha).

3) É extremamente leve: 155 gramas!

4) A impressão que tenho é que a forma não é larga o suficiente (de novo: só como fotos mais "explícitas" daria para bater o martelo nessa característica).

Esse é mais um dos tênis "híbridos" assim como o Saucony Virrata, que combina drop zero com amortecimento. Em uma estratégia para correr descalço ou com um ultra-minimalista como os VFF, ou o Merrell Vapor Glove, considero os híbridos a melhor opção de uso para a transição.

Acabei de conversar com a assessoria da imprensa da Puma e a previsão é de que o FAAS 100R seja lançado no segundo semestre deste ano no Brasil (com preço ainda não definido).

Vamos aguardar!

Programa Fôlego, da Bandeirantes FM, aborda o minimalismo

RBSempre discuto com o Nelson Evêncio, nas redes sociais e ao vivo. Nossas discussões nunca são  brigas, e sim, uma "guerra de argumentos". Nos últimos tempos, temos conversado bastante sobre minimalismo e corrida descalça, com cada um defendendo seu ponto.

O Nelson é presidente da ATC-SP (Associação de Treinadores de Corrida de São Paulo) e colunista do programa Fôlego, da Bandeirantes FM,  apresentado por Ricardo Caprioti e por Sérgio Patrick. Inclusive já fui entrevistado por eles no ano passado para falar sobre a Clínica de Corrida Natural (clique aqui).

No programa apresentado nesse último domingo (24/3), Nelson fala sobre tênis minimalistas, definindo-os de forma correta e abordando uma das estratégias clássicas de adaptação - a de baixar gradualmente o drop do tênis e fazer exercícios educativos para o corredor se acostumar com a ideia de usar o médio-pé e não o calcanhar como primeiro ponto de contato do pé com o chão.

É claro que dá para entrar em mais detalhes quanto à adaptação e a necessidade de fortalecimento da musculatura específica, mas tempo da coluna é curto.

De qualquer forma, é muito bom saber que treinadores como o Nelson já enxergam os tênis minimalistas com bons olhos e não de forma distorcida como alguns ainda vêem esse tipo de calçado.

O único detalhe é que o conceito de tênis minimalista está cada vez mais amplo, até pela diversidade de modelos que estão surgindo. As marcas têm produzido tênis que mantêm o amortecimento (mesmo que menor) e zerando o drop, como o Virrata e o Hattori da Saucony, o Puma FAAS 100 (ainda hoje faço um post sobre ele) e os tênis da Altra (http://www.altrazerodrop.com/). No caso desses modelos, a adaptação é bem mais tranquila exatamente por causa do amortecimento, assim como já ocorre com quem usa os Newton.

Clique aqui para escutar o programa completo ou ouça o trecho do programa clicando no link abaixo. Ah! Fui citado!

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segunda-feira, 25 de março de 2013

Como foi a Clínica de Corrida Natural na Velocità Moema, em São Paulo

Aconteceu no último sábado, a segunda edição da Clínica de Corrida Natural, na Velocità Moema, em São Paulo.

Gosto muito de fazer essas Clínicas pois é sempre uma boa oportunidade de rever os meus conceitos de corrida e conhecer as pessoas interessadas nesse assunto (Por exemplo: o Dagomar acertou um compromisso de trabalho em São Paulo para participar - ele mora em Joinville, SC. Muito legal!).

As discussões após a palestra sempre são excelentes e fazer todo mundo tirar os tênis e dar uma trotada no quarteirão é uma experiência sem igual.

Às vezes fico pensando se não deveria mudar o foco da palestra e tentar torná-la mais atraente do ponto de vista comercial, mas realmente "não faz parte do meu show". As reações de quem participa da palestra são tão boas que me fazem sentir que o caminho é esse mesmo: um trabalho de formiguinha.

Veja abaixo alguns vídeos do pessoal correndo antes e depois da Clínica. Mudar o padrão de pisada é mais simples do que parece!

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A próxima Clínica será em Piracicaba (se inscreva aqui). Fique de olho no site ou assine a nossa newsletter para ficar sabendo quando serão as próximas!

sexta-feira, 22 de março de 2013

Matéria na Outside americana, estudos a serem analisados e Clínica amanhã, em SP.

CapaOutsideAcabei de ler uma excelente matéria sobre minimalismo e corrida descalça que saiu na edição de abril da edição americana da revista Outside.

A matéria, escrita por Andrew Tilin, é entitulada "You don't know how to run" (ou 'Você não sabe como correr') fala sobre a "guerra" travada entre adeptos dos minimalistas/descalços e os "tradicionalistas".  Tilin soube analisar os dois lados da moeda, sendo que não tem jeito - a ciência sempre acaba pendendo para os minimalistas. A Irene Davis (que esteve no Brasil no ano passado - leia aqui) é a grande fonte da matéria, inclusive botando o jornalista para correr na esteira e ver como funcionam os picos de impacto com o tênis e descalço.

Não quero acabar com a expectativa de ninguém. Compre a sua na banca, versão para tablets ou aguarde a edição brasileira traduzir a matéria nos próximos meses.

ESTUDOS. Tenho um amigo fisioterapeuta que me mandou alguns estudos muito interessantes sobre padrão de pisada e lesões. Devo analisar tudo na semana que vem. Aguardem!

CLÍNICA. Amanhã vou estar na Velocità Moema para a Clínica de Corrida Natural (veja o que é). Ainda dá tempo de se increver (clique aqui) ou o pagamento pode ser feito amanhã mesmo na loja.

Até lá!

quinta-feira, 14 de março de 2013

Skora lança novos modelos minimalistas

Core1

A Skora estreou no nicho de minimalista há cerca de 2 anos e foi fundada por um corredor que "sarou" das lesões ao começar a correr descalço em 2001. Uma das coisas que dá para notar na marca é o cuidado com o design e qualidade dos materiais usados nos tênis. Logo foi chamada de "Apple" dos minimalistas, dado o preço dos modelos - que variavam entre US$ 185 (Form) e US$ 110 (Base).

Os modelos sempre foram elogiados pela "comunidade" mas muitos achavam que os produtos poderiam ficar melhores. De fato, os primeiros modelos das marcas sempre são aperfeiçoados de acordo com o feedback dos usuários, no caso, os corredores.

Na semana passada, a Skora começou a venda de dois novos modelos, o Core (US$ 155 - 231 g) e o Phase (US$ 110 - 205 g). O modelo mais caro já tem o preço semelhante aos dos tênis "premium" das grandes marcas - o Nimbus da Asics, por exemplo, custa US$ 140. Ambos tem zero de drop e 8 mm de espessura (sem a pamilha, que tem 3 mm) - bem semelhante aos VFF. Os dois são basicamente iguais, a não ser por uma leve diferença nas aplicações de borracha injetada no solado. O que justifica o preço mais caro do Core é o cabedal é feito de couro de cabra, que é mais resistente que os outros tipos de couro, permite a troca de calor e  é naturalmente resistente à água.

Os dois modelos também tem a amarração assimétrica (que acompanha o formato do pé) e o calcanhar é arrendodado para ajudar no ajuste e permitir uma sensação mais próxima ainda do que seria correr descalço. Clique na galeria de fotos abaixo para ver mais detalhes.

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Quem for para o exterior pode aproveitar para tentar testar um, pois dificilmente veremos a Skora vendendo seus modelos por aqui. Mais informações no site oficial da marca.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Por que temos que reaprender a correr?

[caption id="attachment_3758" align="alignnone" width="580"]Márcio Almeida, corredor descalço há décadas, ocasionalmente "teima" em pisar de calcanhar, enquanto seus filhos, Tiago e Giovana, ainda correm naturalmente com o antepé. (Foto: arquivo pessoal, gentilmente cedida). Márcio Almeida, corredor descalço há décadas, ocasionalmente "teima" em pisar de calcanhar, enquanto seus filhos, Tiago e Giovana, ainda correm naturalmente com o antepé. (Foto: arquivo pessoal).[/caption]

N.E.: Essa é a primeira colaboração de Erik Neves, médico e corredor descalço de Brasília, DF.

Christopher McDougall, logo no título do seu famoso livro, falou que somos "Nascidos para Correr". Ora, se é assim, por que existem dezenas de livros e centenas de blogs, como este, que ensinam como correr?

Em qualquer outro esporte, o gesto esportivo é ensinado, treinado, aperfeiçoado e repetido exaustivamente. Tome a natação como exemplo. Não nascemos para nadar ou, melhor dizendo, as pressões evolutivas a que nossos antepassados foram submetidos não os selecionaram para a vida aquática. Mesmo assim, qualquer criança recém-nascida tem reflexos que a permite se locomover na água, mas o estilo é "cachorrinho", distante, em forma e desempenho, do que é visto nas piscinas olímpicas. Se essa criança não continuar sendo estimulada a nadar, alguns anos mais tarde, ela simplesmente esquecerá como fazê-lo e, caso caia numa piscina suficientemente profunda, provavelmente se afogará.

Com a corrida, algo semelhante acontece. Apesar de termos "evoluído para correr", como o professor de Harvard Daniel Lieberman defende, a vida moderna atrapalha o desenvolvimento da corrida natural.

O problema já começa no sapatinho dos bebês. Os pais das crianças (especialmente as mães, por experiência própria) adoram ver seus filhos bem arrumadinhos e querem protegê-los das "apavorantes" doenças que seus filhos podem contrair. Assim, elas não aprender a andar descalças e sim, calçadas. E o tempo vai passando e os sapatos vão ficando mais grossos, mais pesados, menos flexíveis, mais diferentes do andar descalço.

Apesar disso é possível notar, observando crianças de 3, 4 anos correndo descalças, que boa parte delas ainda não teve sua biomecânica alterada pelos sapatos e ainda correm com o antepé.

Ao ficarem mais velhos, as crianças param de correr, porque correr é coisa de criança. Seus pais lhe ensinam isso: "Pare de correr! Comporte-se! Parece criança!" Se não praticarem um esporte, ficarão anos sem correr, apenas andando com seus pesados tênis e sapatos. Quando voltam a correr, adultos, para controlar o peso ou porque "dizem que faz bem à saúde" (normalmente não é por prazer), estão como as crianças que pararam de nadar: não sabem mais como fazê-lo!

Caminhar é bem diferente de correr. A maneira mais eficaz (energeticamente econômica) de caminhar é aterrissar o pé com o calcanhar, rolá-lo, como um mata-borrão e retirá-lo com a ponta. E o novo atleta tem esse modelo motor assimilado por anos. Ao voltar a correr, usará o único modelo que conhece: calcanhar-meio-ponta. Começar correndo devagar e progressivamente mais depressa só piora o quadro.

Por esses e outros motivos, a corrida que os adultos praticam intuitivamente, com o calcanhar, não é a corrida natural para qual o nosso corpo evoluiu.

Por isso tentamos reensinar a correr. Naturalmente, com o antepé.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Concurso Cultural Corrida Natural e Mizuno EVO

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O site Corrida Natural bolou junto com a Mizuno um Concurso Cultural visando dar um par de tênis da linha EVO para os leitores do site.


Se você ainda não conhece ainda a linha minimalista da Mizuno, o EVO Cursoris e o EVO Levitas, clique aqui.
Para participar do concurso basta responder a pergunta: “O que significa 'corrida natural' para você?Clique aqui e participe!

O(a) autor(a) da resposta mais criativa, a ser julgada pelo site e pela Mizuno, ganhará o modelo EVO que escolher.


O concurso termina no dia 5 de abril e você pode participar com quantas frase quiser. Corra e participe!

quarta-feira, 6 de março de 2013

Rumo ao interior paulista: Clínica Corrida Natural em Piracicaba, no dia 06 de abril.


A Clínica de Corrida Natural chega agora em Piracicaba, dia 06 de abril, no Espaço Gaia, que pertence à Gaia Esportes, uma das melhores organizadoras de eventos esportivos do interior paulista. O evento também tem apoio das camisetas Vamos Correndo.

[caption id="attachment_2597" align="alignleft" width="300"]Descalço na palestra para ficar mais à vontade. Foto: Marcos Viana "Pinguim". Explicações durante a Clínica realizada na Velocità, em SP (dez/2012). Foto: Marcos Viana "Pinguim".[/caption]

Tem crescido muito o número de praticantes de corrida em Piracicaba e região e a Clínica será uma ótima oportunidade para os corredores aprenderem como correr de maneira adequada com tênis minimalistas, descalço ou, simplesmente, rever conceitos de técnica de corrida. A Clínica tem sido muito útil para aqueles atletas que se lesionam com frequencia, portanto, não perca!

O QUE É. Na Corrida Natural não usamos o calcanhar para iniciar a pisada e sim o antepé. Isso faz com que a corrida seja mais eficiente e, em teoria, menos lesiva, pois o impacto deixa de ser absorvido pelas nossas articulações. É possível correr com a técnica da Corrida Natural com qualquer calçado. Você só precisa aprender ou reaprender a correr dessa maneira.

Assuntos que serão abordados:

1) O que é corrida natural: estudos e evidências

2) Tênis minimalistas e corrida descalça: conceitos e adaptação

3) Técnica de corrida: os três pilares.

4) Prática: a aplicação da técnica na esteira e análise com vídeo.

Serviço:

Dia 6 de abril, das 09h00 às 10h30

Quanto custa: R$ 50

As inscrições podem ser feitas no local ou pelo botão abaixo:



Espaço Gaia

Rua Dona Eugênia, 373 - Piracicaba, SP
Tel:  (19) 3302-5916

Apoio:

Vamos Correndo

Saiba mais:

Clique aqui para ver o progrograma completo da Clínica.

Clique aqui para ver como foi a Clínica de São Paulo e aqui para a do Recife.

Leia aqui os depoimentos de quem participou da Clínica e aqui para ler o que saiu na imprensa sobre ela.

terça-feira, 5 de março de 2013

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segunda-feira, 4 de março de 2013

Adidas Adipure Gazelle, por André Savazoni

Este post inaugura uma das partes que mais me atraem nos blogs que leio: os reviews de tênis feitos por leitores(as)/amigos(as) do site. No caso, o colega de revista Contra-Relógio, André Savazoni, escreveu sobre o Adidas Adipure Gazelle.

No ano passado eu tinha feito um post sobre a linha de minimalistas que a Adidas estava lançando no exterior (leia aqui). Conversei com o pessoal da marca alemã por aqui e a previsão era que essa linha iria chegar ao Brasil no segundo semestre deste ano. Fui lendo o que se falava a respeito dos tênis e o pessoal era só elogios. Quando o André foi à Maratona da Disney em janeiro deste ano, comprou um par do Gazelle e, é claro que encomendei um "review" sobre os tênis. Obrigado, André!

"Corro desde 2008, treinando mais especificamente com planilhas a partir de 2010. Comecei a baixar gradualmente, tanto a altura quanto o peso, dos tênis em maio de 2011, depois que fiz o último longão para a Maratona de Porto Alegre e senti dores no joelho direito. Tive de ficar alguns dias de "molho" e recebi do Sérgio Rocha um modelo da K-Swiss mais baixo. Corri sem dores a prova e, a partir daí, fui percebendo as diferenças entre os modelos tradicionais e os de competição. Foi um caminho sem volta, chegando hoje também até os minimalistas ou com características minimalistas. Ah, desde então, nunca mais meu joelho doeu.

Tenho todos os meus recordes pessoais (18:50 nos 5 km, 39:37 nos 10 km, 1:26:32 nos 21 km e 2:59:55 nos 42 km) com tênis de performance ou minimalistas. Por sinal, uso os modelos para qualquer tipo de treinos: tiros, rodagem, longões e provas de todas as distâncias. Não faço distinção do estímulo.

Já conhecia o Gazelle por posts escritos pelo Sérgio e em sites/blogs norte-americanos. Comprei em Orlando, nos EUA, em janeiro deste ano, por US$ 79,90. Se levasse um segundo modelo, teria 50% de desconto.

Entre os pontos favoráveis, destaco a leveza, a flexibilidade e ser realmente bem baixo, o que garante um contato maior com o solo. Apesar do drop de 4 mm, sinto ele mais “baixo” em relação ao contato com o solo do que outros de drop zero que tenho.

Negativamente, vi somente um problema: o cadarço do pé esquerdo, apesar de amarrar duas vezes (e firme) tem sempre desamarrado nos longões. No outro pé, nunca aconteceu. Deve ser algum problema de fabricação do cadarço.

Ao comprá-lo, imaginei que seria o número 9 (que não temos aqui), mas foi o 9,5 mesmo, que estou acostumado a usar no Brasil. Me incomoda modelos “macios”, gosto que os tênis sejam um pouco “duros” no sentido de sentirmos o chão, acredito que assim tenho um retorno mais rápido de potência. O que considero ideal nesse modelo. Além disso, como o material é bem flexível e mole, adapta-se bem ao pé, sem esquentar, mesmo em dias de muito calor.

O solado está resistindo bem (ele tem uma proteção extra na parte do antepé, mas nada no calcanhar). Tenho feito todos os longões com ele. Na sequência, foram 18 km, 21 km, 24 km, 27 km e 30 km, além de outras rodagens e tiros na pista de atletismo. Está totalmente aprovado.

Não senti, desde o primeiro dia, dor alguma diferente com ele. Antes de calçã-lo, cheguei a pensar que as panturrilhas poderiam sentir um pouco, mas não, nada. Acredito também que é por já estar muito bem adaptado a modelos como esse. Não gosto de correr sem meias, me incomoda, mas para quem tem esse costume, olhei bem as costuras e não deve incomodar. Com meias, não há qualquer ponto de atrito.

No geral, hoje, posso dizer que o Gazelle é meu tênis favorito. Tanto que irei utilizá-lo na Maratona de Boston, em abril, sem dúvida alguma na escolha."

Observação: Antes de antes de receber o texto do André, me atualizei sobre os tênis com um lojista que tinha ido à pré-venda de modelos para o segundo-semestre e tive uma má notícia: "Acho que vai dar drop", ele me disse. "Drop" é quando não há quantidade suficiente de pedidos para justificar a importação do modelo. Liguei para um conhecido na Adidas e ele me confirmou que a possibilidade de "drop" era muito grande. Às vezes acontece da marca decidir trazer os modelos e arcar com os custos por "acreditar' nos tênis, ou simplesmente por política da marca. Mas, infelizmente esse não parece ser o caso,

Fiquei extremamente decepcionado. Na verdade, achei esquisito. Todas as marcas que investiram em tênis minimalistas (e também os "pero no mucho") fizeram questão de trazer os tênis para cá. Exemplo: Skechers, New Balance, Nike, Asics, Saucony e, por último, a Mizuno que fará a venda exclusiva dos tênis da série EVO (leia aqui) exclusivamente em lojas especializadas. Até a Puma confirmou que lançara o FAAS 100 por aqui no semestre que vem (leia aqui). Por que a Adidas decidiu não fazer "força" pela linha Adipure? Será que é porque pode soar contraditório lançar uma linha de tênis que confiam ao corredor a eficiencia da sua técnica e ter acabado de embarcar uma campanha mundial  com o Energy Boost (leia aqui), que, em teoria, "ajuda" você a correr mais rápido?

Bom, conjecturas e questionamentos à parte, quem gostou do Gazelle terá que pedir para algum amigo trazê-lo do exterior ou comprar em lojas on-line lá fora, pedir para entregar aqui e pagar os impostos. Boa sorte!

 

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Novo estudo diz que é necessário mais tempo para se adaptar aos VFF. Nós complementamos: cuide do fortalecimento específico.

O treinador e presidente da ATC-SP (Associação de Treinadores de Corrida de São Paulo), Nelson Evêncio, me alertou para o estudo "Foot Bone Marrow Edema after 10-week Transition to Minimalist Running Shoes" (ou "edema nos ossos dos pés após 10 semanas de transição aos tênis minimalistas"), que sairá na próxima edição do Medicine & Science in Sports & Exercise, o jornal oficial do American College of Sports Medicine (o artigo foi disponibilizado antes da publicação do jornal). O treinador Scott Douglas teve acesso ao estudo completo e fez uma matéria sobre ele na edição on-line da revista Runner's World americana (leia aqui). O estudo foi comandado Sarah Ridge, doutora em biomecânica e professora assistente da Brigham Young University, Utah, EUA.

Resumidamente, o estudo selecionou 36 corrredores que nunca tinham corrido com os VFF, que não tiveram nenhum tipo de lesão nos membros inferiores nos últimos 6 meses anteriores à pesquisa e que corriam pelo menos de 30 a 50 km semanais. Antes do estudo foram feitas ressonâncias magnética dos pés de todos eles. Dos 36, 19 passaram a fazer o programa "oficial" de transição para o uso de Vibram Five Fingers (disponível no site da Vibram - veja aqui), os outros continuaram a usar tênis convencionais (grupo de controle). Ao final do estudo, ao ser repetida a ressonância, dos 19 que fizeram a transição, 10 tiveram detectados edemas nos ossos dos pés em um grau próximo do que poderia ser definido como lesão por estresse . O restante foi diagnosticado como mudanças por adaptação ao novo estímulo.

Uma boa alma me enviou o PDF com o estudo completo, que pude ler com atenção. A conclusão, bem maior do que a que está no resumo do site é a seguinte: "Apesar de vários corredores terem adotado o uso dos Vibram Five Fingers, há uma falta de de consenso do que seriam as vantagens e desvantagens dessa mudança. Esse estudo examinou o potencial de fraturas por estresse a partir da presença de edemas nos óssos e danos aos tecidos dos pés [n.e. ex.fasciia] depois da transição aos VFF durante o período de 10 semanas. O grupo de VFF teve uma significativa incidência de edema nos óssos dos pés depois desse período de treinamento, enquanto não demostrou nenhuma mudança nos tecidos. Portanto, para minimizar o risco de fraturas por estresse nos ossos, corredores que queiram correr com VFF devem fazer a transição em um período maior do que 10 semanas e adotar uma intensidade (km semanal) menor do que os corredores desse estudo."

As questões que levanto sobre o estudo são bem simples. Por que ao fazer o programa de transição não adotaram os exercícios de fortalecimento recomendados no próprio site da Vibram (aqui)? Os pesquisadores afirmarm que alguns dos corredores estariam lesionados de acordo com as leituras de ressonância magnética, mas eles mesmos admitem que os corredores não reclamaram de dores. Ao meu ver, 10 semanas de transição é um período curto e no site da Vibram, o programa é de 13. Por que fizeram a ressonância depois de 10 semanas? Será que esse edema não cederia após mais tempo? Se um dos corredores estava com um edema no calcanhar significa que ele estava iniciando a pisada com o calcanhar?

Não estou aqui para defender os VFF, mas o uso adequado deles. Eu, pessoalmente, não acho que funcione bem a transição recomendada pela própria Vibram, ou seja, inserir o uso do Vibram gradualmente na quilômetragem semanal do corredor. Principalmente se não for adotado os padrões de fortalecimento recomendados por eles mesmos, como citei no parágrafo acima. Eu acho que a pessoa pode fazer a transição que quiser, mas o eficiente mesmo é "abolir" o uso dos tênis convencionais, pois eles acabam por manter a "matelada" no chão (o que, sem dúvida, vai gerar edemas) e faz com que o corredor volte a usar o calcanhar para iniciar a pisada toda vez coloca o tênis convencional nos pés e sai para correr.

Quem já fez a Clínica de Corrida Natural, sabe que eu defendo que a melhor forma de se adaptar aos tênis minimalistas é correndo descalço. E não é só eu que digo isso. O "xiita" Ken Bob Saxton, o pessoal de Harvard e outros dizem a mesma coisa. No meu caso, foi por experiência própria. Eu quase tive uma lesão por estresse no metatarso no início da minha adaptação e só consegui me acertar quando começei a correr sem nada nos pés. Cito isso aqui. O Leonardo Liporati, colaborador do Corrida Natural, também já deu seu "parecer" sobre o assunto (aqui). A meu ver, para "sacar" como é feita a aterrisagem natural dos pés, é necessário voltar a ter contato com o chão com os pés descalços. Essa experiência facilita muito a compreensão dos movimentos, da postura, cadência, etc.

Há também um excelente artigo publicado no site Portal da Educação Física entitulado "Fortalecimento do sistema motor é fundamental para o uso de Five Fingers" com opiniões de dois respeitados profissionais do meio. Um deles é o professor Júlio Serrão, que é coordenador do laboratório de biomecânica da Escola de Educação Física da Universidade de São Paulo (USP). Já fui a uma palestra do Júlio e temos opiniões bem parecidas.

O outro profissional é o amigo Mário Pozzi, coordenador do CEFIT (Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício e Treinamento). Já entrevistei o Mário para uma matéria "Adapte-se aos Minimalistas", que saiu na revista Contra-Relógio no ano passado (leia aqui). Nela, ele diz que obedeceu os critérios de adaptação e fortalecimento muscular da Vibram e seus atletas nunca tiveram problemas e nunca se lesionaram usando o VFF.

Voltando à matéria do Portal Educação Física, os dois profissionais alertam que é primordial o fortalecimento da musculatura quando estamos nos adaptando aos minimalistas, no caso, o VFF. De fato, quando entrevistei a fisioterapeuta Irene Davis, que tem doutorado em biomecânica e dá expediente em Harvard, ela afirmou que trabalhava a musculaturas intrínsecas e extrínsecas dos pés, ensinava os pacientes a correrem descalços na esteira e só depois de dominarem a técnica, é que "permitia" que eles usem um minimalista. Irene veio a um Simpósio de Lesões de Corrida promovido pela UNICID em dezembro de 2012. Veja aqui os exercícios que ela recomenda.

Só para lembrar, a única coisa analisada no estudo foram os "ossos dos pés" e a quilômetragem semanal. Devo lembrar que um estudo parecido, que não levava em consideração o fator lesão, os corredores com Vibram melhoraram sua economia de corrida em 7% após 4 semanas de transição gradual aos VFF (leia aqui).

Como sempre digo, é necessário paciência, pois a adaptação leva tempo para acontecer e também mais algum período para o corredor se sinta à vontade para fazer todos os tipos de treino (rodagens ou qualidade). Correr descalço sempre ajuda a compreender melhor a dinâmica da corrida e esse estudo foi bom para nos lembrar que o fortalecimento tem um papel fundamental para que a transição seja bem sucedida.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Minimalistas no Guia da Contra-Relógio

Eu e o André Savazoni somos responsáveis pela coordenação do Guia do Tênis da revista Contra-Relógio. Entramos em contato com as marcas, pedimos os tênis, selecionamos os modelos, pessoas que vão testar, coisa e tal.

Ao reunir todos os tênis para "empacotar" para o fotógrafo Guto Gonçalvez, que fará as fotos para a revista, juntei os "baixinhos" e minimalistas que estarão na próxima edição do guia e fiz um clique.

Como vocês podem ver na foto de abertura do post, há algumas novidades.

1) O Puma FAAS 350 é mais flexível do que aparenta.

2) Nike Free 5.0: teve mudanças interessantes no cabedal para melhorar o ajuste.

3) Skechers GObionic. Já falei sobre ele aqui.

4) Mizuno EVO Levitas. Um zero drop estreante com um formato diferenciado. Leia aqui.

5) New Balance 3090. Também já escrevi sobre ele aqui.

6) Saucony Virrata. Recebi um para testes e falei sobre a série nova da Saucony aqui.

7) New Balance Minimus Road Zero. A versão zero drop do Minimus Road original, que tem 5 mm de drop.

8) Hatorri LC. A versão 'laces', ou, cadarço, do Hattori tem algumas mudanças no cabedal.

9) Nike Free 3.0. Boa notícia: a forma está mais larga e aparentemente igual a do 5.0 e o cabedal está meio "flyknit".

O Guia da CR sairá em abril. Aguardem!