Este post inaugura uma das partes que mais me atraem nos blogs que leio: os reviews de tênis feitos por leitores(as)/amigos(as) do site. No caso, o colega de revista Contra-Relógio, André Savazoni, escreveu sobre o Adidas Adipure Gazelle.
No ano passado eu tinha feito um post sobre a linha de minimalistas que a Adidas estava lançando no exterior (leia aqui). Conversei com o pessoal da marca alemã por aqui e a previsão era que essa linha iria chegar ao Brasil no segundo semestre deste ano. Fui lendo o que se falava a respeito dos tênis e o pessoal era só elogios. Quando o André foi à Maratona da Disney em janeiro deste ano, comprou um par do Gazelle e, é claro que encomendei um "review" sobre os tênis. Obrigado, André!
"Corro desde 2008, treinando mais especificamente com planilhas a partir de 2010. Comecei a baixar gradualmente, tanto a altura quanto o peso, dos tênis em maio de 2011, depois que fiz o último longão para a Maratona de Porto Alegre e senti dores no joelho direito. Tive de ficar alguns dias de "molho" e recebi do Sérgio Rocha um modelo da K-Swiss mais baixo. Corri sem dores a prova e, a partir daí, fui percebendo as diferenças entre os modelos tradicionais e os de competição. Foi um caminho sem volta, chegando hoje também até os minimalistas ou com características minimalistas. Ah, desde então, nunca mais meu joelho doeu.
Tenho todos os meus recordes pessoais (18:50 nos 5 km, 39:37 nos 10 km, 1:26:32 nos 21 km e 2:59:55 nos 42 km) com tênis de performance ou minimalistas. Por sinal, uso os modelos para qualquer tipo de treinos: tiros, rodagem, longões e provas de todas as distâncias. Não faço distinção do estímulo.
Já conhecia o Gazelle por posts escritos pelo Sérgio e em sites/blogs norte-americanos. Comprei em Orlando, nos EUA, em janeiro deste ano, por US$ 79,90. Se levasse um segundo modelo, teria 50% de desconto.
Entre os pontos favoráveis, destaco a leveza, a flexibilidade e ser realmente bem baixo, o que garante um contato maior com o solo. Apesar do drop de 4 mm, sinto ele mais “baixo” em relação ao contato com o solo do que outros de drop zero que tenho.
Negativamente, vi somente um problema: o cadarço do pé esquerdo, apesar de amarrar duas vezes (e firme) tem sempre desamarrado nos longões. No outro pé, nunca aconteceu. Deve ser algum problema de fabricação do cadarço.
Ao comprá-lo, imaginei que seria o número 9 (que não temos aqui), mas foi o 9,5 mesmo, que estou acostumado a usar no Brasil. Me incomoda modelos “macios”, gosto que os tênis sejam um pouco “duros” no sentido de sentirmos o chão, acredito que assim tenho um retorno mais rápido de potência. O que considero ideal nesse modelo. Além disso, como o material é bem flexível e mole, adapta-se bem ao pé, sem esquentar, mesmo em dias de muito calor.
O solado está resistindo bem (ele tem uma proteção extra na parte do antepé, mas nada no calcanhar). Tenho feito todos os longões com ele. Na sequência, foram 18 km, 21 km, 24 km, 27 km e 30 km, além de outras rodagens e tiros na pista de atletismo. Está totalmente aprovado.
Não senti, desde o primeiro dia, dor alguma diferente com ele. Antes de calçã-lo, cheguei a pensar que as panturrilhas poderiam sentir um pouco, mas não, nada. Acredito também que é por já estar muito bem adaptado a modelos como esse. Não gosto de correr sem meias, me incomoda, mas para quem tem esse costume, olhei bem as costuras e não deve incomodar. Com meias, não há qualquer ponto de atrito.
No geral, hoje, posso dizer que o Gazelle é meu tênis favorito. Tanto que irei utilizá-lo na Maratona de Boston, em abril, sem dúvida alguma na escolha."
Observação: Antes de antes de receber o texto do André, me atualizei sobre os tênis com um lojista que tinha ido à pré-venda de modelos para o segundo-semestre e tive uma má notícia: "Acho que vai dar drop", ele me disse. "Drop" é quando não há quantidade suficiente de pedidos para justificar a importação do modelo. Liguei para um conhecido na Adidas e ele me confirmou que a possibilidade de "drop" era muito grande. Às vezes acontece da marca decidir trazer os modelos e arcar com os custos por "acreditar' nos tênis, ou simplesmente por política da marca. Mas, infelizmente esse não parece ser o caso,
Fiquei extremamente decepcionado. Na verdade, achei esquisito. Todas as marcas que investiram em tênis minimalistas (e também os "pero no mucho") fizeram questão de trazer os tênis para cá. Exemplo: Skechers, New Balance, Nike, Asics, Saucony e, por último, a Mizuno que fará a venda exclusiva dos tênis da série EVO (leia aqui) exclusivamente em lojas especializadas. Até a Puma confirmou que lançara o FAAS 100 por aqui no semestre que vem (leia aqui). Por que a Adidas decidiu não fazer "força" pela linha Adipure? Será que é porque pode soar contraditório lançar uma linha de tênis que confiam ao corredor a eficiencia da sua técnica e ter acabado de embarcar uma campanha mundial com o Energy Boost (leia aqui), que, em teoria, "ajuda" você a correr mais rápido?
Bom, conjecturas e questionamentos à parte, quem gostou do Gazelle terá que pedir para algum amigo trazê-lo do exterior ou comprar em lojas on-line lá fora, pedir para entregar aqui e pagar os impostos. Boa sorte!
Sergio,
ResponderExcluirtudo bem?
O Gazelle você encontra na loja Bayard do Shopping Ibirapuera na cor amarela ou preto para Masculino. Os femininos sempre são mais coloridos. Eu testei este produto e gostei. Mas acho o solado um pouco duro. O que é uma característica marcante da Adidas. Diferentemente da nova tecnologia Boost, ultra macia, tendência para os futuros modelos da marca. O cabedal sem sombras de dúvidas é um baita diferencial dele, veste como uma luva e muito flexivel. Quando finalizar os testes, dou um feedback melhor.
Sobre os preços, todas as marcas que importam da China estão sofrendo com esta tal "triangularização". Dói no bolso do consumidor. Mas tudo no Brasil está ficando caro, até inscrição de corridas de rua.
Abraços,
Humberto.