quinta-feira, 28 de março de 2013

É possível correr descalço em qualquer terreno? Conheça o Arnoldo...

Arnoldo_Catia

Arnoldo Boson, de Belo Horizonte, é o ninja da corrida descalça brasileira. Se você acha que é impossível correr rápido no cascalho e regiões cheias de pedras e pedrinhas, lá vem o Arnoldo voando baixo.

Esse vídeo mostra como ele domina bem a técnica. Sua companheira de Vibram é a Cátia Caldeira, que apesar de estar protegendo os pés, já fez a Maratona do Rio descalça.

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Por favor, "Corrida Natural" não é uma prova...

Faz duas semanas que venho recebendo alguns e-mails, digamos assim, diferentes.

Vou dar alguns exemplos, claro que sem identificar os remententes:

"Eu trabalho com montagem de quiosques de massagem em eventos,  e gostaria de saber se é possível a montagem de quiosques de massagem para os atletas..."

"Boa noite.  Gostaria de lhes apresentar a nossa empresa de cronometragem, peço a gentileza de me enviar o contato responsável pela corrida de vocês."

"Bom dia, poderia lhe enviar um orçamento de água mineral e isotônico p/sua corrida?"

Até entendo que o nome "Corrida Natural" possa até atrair  prestadores de serviços em uma busca pelo Google, mas não custa nada ver primeiro do que se trata o site.  Mas é claro que dei boas risadas com cada mensagem, e por isso decidi compartilhar com vocês.

Aviso aos navegantes incautos: não, não somos uma prova pedestre.  A não ser que vocês queiram cronometrar e fornecer água, gatorade e massagem para a tradicional volta no quarteirão que faço nas Clínicas de Corrida Natural que promovo...

 

quarta-feira, 27 de março de 2013

Dia Internacional da Corrida Descalça será no dia 5 de maio

2013ibrdmergelight_small2

Ano passado eu anunciei que haveria o 2º International Barefoot Running Day, ou Dia Internacional da Corrida Descalça (leia aqui).

O que é o Dia Internacional da Corrida Descalça? É um dia criado pela Barefoot Runners Society e que visa "chamar a atenção para a corrida descalça e minimalista, demonstrar apoio ao esporte que adoramos e se divertir muito em um momento internacional de solidariedade descalça", O BRS tem uma "seccional" brasileira no Facebook e é "presidida" pelo Erik Neves (clique aqui para conhecer).

Bom, vai estar rolando eventos no mundo todo e dessa vez, além de anunciar, me me sinto no dever de tentar agitar algo, pelo menos aqui em São Paulo.

À princípio, penso em sair da frente da Velocità Pinheiros (em frente a praça onde fica a FNAC), loja parceira das Clínicas de Corrida Natural aqui em Sampa e seguir em direção do Parque Villa Lobos. Será algo bem informal, já que a loja está fechada aos domingos. O evento é livre, free, voluntário -  participa quem quiser.

Domingo é dia da Cliclovia de Lazer em São Paulo, então poderíamos correr no canteiro central da avenida Pedroso de Moraes percorrendo cerca de 4 km ida e volta ou um percurso ainda a ser traçado (estou aberto à sugestões).

Se você não mora em São Paulo, não há problema, você pode agitar algo na sua cidade ou seu bairro e me mandar fotos e relatos das atividades, pois farei um post sobre IBRD aqui no blog do Corrida Natural.

Você não precisa ser um corredor descalço ou minimalista para participar do evento, basta ser simpatizante da ideia. Pode aparecer com qualquer tipo de calçado, sandálias, VFF, miniamlistas, tênis tradicionais ou até coturno!

E então? Vamos lá?

terça-feira, 26 de março de 2013

Mais alguns detalhes sobre o FAAS 100R, o minimalista da Puma

FAAS100

No início de dezembro do ano passado eu havia mostrado que a Puma tinha apresentado o FAAS 100, o minimalista da marca, em uma feira nos EUA (leia aqui).

Ontem, o Mario Fraioli (um tremendo treinador) do site Competitor.com (veja aqui o vídeo), conversou com Nikhil Jain, um dos representantes da marca, que deu mais detalhes do FAAS 100R.

1) Me parece ser bem flexível (como ele não "torceu" o tênis, não dá para saber o quanto flexível ele realmente é).

2) Ele tem 16 mm de espessura de amortecimento e zero de drop (em geral essa medida é feita sem contar a espessura da palmilha).

3) É extremamente leve: 155 gramas!

4) A impressão que tenho é que a forma não é larga o suficiente (de novo: só como fotos mais "explícitas" daria para bater o martelo nessa característica).

Esse é mais um dos tênis "híbridos" assim como o Saucony Virrata, que combina drop zero com amortecimento. Em uma estratégia para correr descalço ou com um ultra-minimalista como os VFF, ou o Merrell Vapor Glove, considero os híbridos a melhor opção de uso para a transição.

Acabei de conversar com a assessoria da imprensa da Puma e a previsão é de que o FAAS 100R seja lançado no segundo semestre deste ano no Brasil (com preço ainda não definido).

Vamos aguardar!

Programa Fôlego, da Bandeirantes FM, aborda o minimalismo

RBSempre discuto com o Nelson Evêncio, nas redes sociais e ao vivo. Nossas discussões nunca são  brigas, e sim, uma "guerra de argumentos". Nos últimos tempos, temos conversado bastante sobre minimalismo e corrida descalça, com cada um defendendo seu ponto.

O Nelson é presidente da ATC-SP (Associação de Treinadores de Corrida de São Paulo) e colunista do programa Fôlego, da Bandeirantes FM,  apresentado por Ricardo Caprioti e por Sérgio Patrick. Inclusive já fui entrevistado por eles no ano passado para falar sobre a Clínica de Corrida Natural (clique aqui).

No programa apresentado nesse último domingo (24/3), Nelson fala sobre tênis minimalistas, definindo-os de forma correta e abordando uma das estratégias clássicas de adaptação - a de baixar gradualmente o drop do tênis e fazer exercícios educativos para o corredor se acostumar com a ideia de usar o médio-pé e não o calcanhar como primeiro ponto de contato do pé com o chão.

É claro que dá para entrar em mais detalhes quanto à adaptação e a necessidade de fortalecimento da musculatura específica, mas tempo da coluna é curto.

De qualquer forma, é muito bom saber que treinadores como o Nelson já enxergam os tênis minimalistas com bons olhos e não de forma distorcida como alguns ainda vêem esse tipo de calçado.

O único detalhe é que o conceito de tênis minimalista está cada vez mais amplo, até pela diversidade de modelos que estão surgindo. As marcas têm produzido tênis que mantêm o amortecimento (mesmo que menor) e zerando o drop, como o Virrata e o Hattori da Saucony, o Puma FAAS 100 (ainda hoje faço um post sobre ele) e os tênis da Altra (http://www.altrazerodrop.com/). No caso desses modelos, a adaptação é bem mais tranquila exatamente por causa do amortecimento, assim como já ocorre com quem usa os Newton.

Clique aqui para escutar o programa completo ou ouça o trecho do programa clicando no link abaixo. Ah! Fui citado!

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segunda-feira, 25 de março de 2013

Como foi a Clínica de Corrida Natural na Velocità Moema, em São Paulo

Aconteceu no último sábado, a segunda edição da Clínica de Corrida Natural, na Velocità Moema, em São Paulo.

Gosto muito de fazer essas Clínicas pois é sempre uma boa oportunidade de rever os meus conceitos de corrida e conhecer as pessoas interessadas nesse assunto (Por exemplo: o Dagomar acertou um compromisso de trabalho em São Paulo para participar - ele mora em Joinville, SC. Muito legal!).

As discussões após a palestra sempre são excelentes e fazer todo mundo tirar os tênis e dar uma trotada no quarteirão é uma experiência sem igual.

Às vezes fico pensando se não deveria mudar o foco da palestra e tentar torná-la mais atraente do ponto de vista comercial, mas realmente "não faz parte do meu show". As reações de quem participa da palestra são tão boas que me fazem sentir que o caminho é esse mesmo: um trabalho de formiguinha.

Veja abaixo alguns vídeos do pessoal correndo antes e depois da Clínica. Mudar o padrão de pisada é mais simples do que parece!

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A próxima Clínica será em Piracicaba (se inscreva aqui). Fique de olho no site ou assine a nossa newsletter para ficar sabendo quando serão as próximas!

sexta-feira, 22 de março de 2013

Matéria na Outside americana, estudos a serem analisados e Clínica amanhã, em SP.

CapaOutsideAcabei de ler uma excelente matéria sobre minimalismo e corrida descalça que saiu na edição de abril da edição americana da revista Outside.

A matéria, escrita por Andrew Tilin, é entitulada "You don't know how to run" (ou 'Você não sabe como correr') fala sobre a "guerra" travada entre adeptos dos minimalistas/descalços e os "tradicionalistas".  Tilin soube analisar os dois lados da moeda, sendo que não tem jeito - a ciência sempre acaba pendendo para os minimalistas. A Irene Davis (que esteve no Brasil no ano passado - leia aqui) é a grande fonte da matéria, inclusive botando o jornalista para correr na esteira e ver como funcionam os picos de impacto com o tênis e descalço.

Não quero acabar com a expectativa de ninguém. Compre a sua na banca, versão para tablets ou aguarde a edição brasileira traduzir a matéria nos próximos meses.

ESTUDOS. Tenho um amigo fisioterapeuta que me mandou alguns estudos muito interessantes sobre padrão de pisada e lesões. Devo analisar tudo na semana que vem. Aguardem!

CLÍNICA. Amanhã vou estar na Velocità Moema para a Clínica de Corrida Natural (veja o que é). Ainda dá tempo de se increver (clique aqui) ou o pagamento pode ser feito amanhã mesmo na loja.

Até lá!

quinta-feira, 14 de março de 2013

Skora lança novos modelos minimalistas

Core1

A Skora estreou no nicho de minimalista há cerca de 2 anos e foi fundada por um corredor que "sarou" das lesões ao começar a correr descalço em 2001. Uma das coisas que dá para notar na marca é o cuidado com o design e qualidade dos materiais usados nos tênis. Logo foi chamada de "Apple" dos minimalistas, dado o preço dos modelos - que variavam entre US$ 185 (Form) e US$ 110 (Base).

Os modelos sempre foram elogiados pela "comunidade" mas muitos achavam que os produtos poderiam ficar melhores. De fato, os primeiros modelos das marcas sempre são aperfeiçoados de acordo com o feedback dos usuários, no caso, os corredores.

Na semana passada, a Skora começou a venda de dois novos modelos, o Core (US$ 155 - 231 g) e o Phase (US$ 110 - 205 g). O modelo mais caro já tem o preço semelhante aos dos tênis "premium" das grandes marcas - o Nimbus da Asics, por exemplo, custa US$ 140. Ambos tem zero de drop e 8 mm de espessura (sem a pamilha, que tem 3 mm) - bem semelhante aos VFF. Os dois são basicamente iguais, a não ser por uma leve diferença nas aplicações de borracha injetada no solado. O que justifica o preço mais caro do Core é o cabedal é feito de couro de cabra, que é mais resistente que os outros tipos de couro, permite a troca de calor e  é naturalmente resistente à água.

Os dois modelos também tem a amarração assimétrica (que acompanha o formato do pé) e o calcanhar é arrendodado para ajudar no ajuste e permitir uma sensação mais próxima ainda do que seria correr descalço. Clique na galeria de fotos abaixo para ver mais detalhes.

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Quem for para o exterior pode aproveitar para tentar testar um, pois dificilmente veremos a Skora vendendo seus modelos por aqui. Mais informações no site oficial da marca.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Por que temos que reaprender a correr?

[caption id="attachment_3758" align="alignnone" width="580"]Márcio Almeida, corredor descalço há décadas, ocasionalmente "teima" em pisar de calcanhar, enquanto seus filhos, Tiago e Giovana, ainda correm naturalmente com o antepé. (Foto: arquivo pessoal, gentilmente cedida). Márcio Almeida, corredor descalço há décadas, ocasionalmente "teima" em pisar de calcanhar, enquanto seus filhos, Tiago e Giovana, ainda correm naturalmente com o antepé. (Foto: arquivo pessoal).[/caption]

N.E.: Essa é a primeira colaboração de Erik Neves, médico e corredor descalço de Brasília, DF.

Christopher McDougall, logo no título do seu famoso livro, falou que somos "Nascidos para Correr". Ora, se é assim, por que existem dezenas de livros e centenas de blogs, como este, que ensinam como correr?

Em qualquer outro esporte, o gesto esportivo é ensinado, treinado, aperfeiçoado e repetido exaustivamente. Tome a natação como exemplo. Não nascemos para nadar ou, melhor dizendo, as pressões evolutivas a que nossos antepassados foram submetidos não os selecionaram para a vida aquática. Mesmo assim, qualquer criança recém-nascida tem reflexos que a permite se locomover na água, mas o estilo é "cachorrinho", distante, em forma e desempenho, do que é visto nas piscinas olímpicas. Se essa criança não continuar sendo estimulada a nadar, alguns anos mais tarde, ela simplesmente esquecerá como fazê-lo e, caso caia numa piscina suficientemente profunda, provavelmente se afogará.

Com a corrida, algo semelhante acontece. Apesar de termos "evoluído para correr", como o professor de Harvard Daniel Lieberman defende, a vida moderna atrapalha o desenvolvimento da corrida natural.

O problema já começa no sapatinho dos bebês. Os pais das crianças (especialmente as mães, por experiência própria) adoram ver seus filhos bem arrumadinhos e querem protegê-los das "apavorantes" doenças que seus filhos podem contrair. Assim, elas não aprender a andar descalças e sim, calçadas. E o tempo vai passando e os sapatos vão ficando mais grossos, mais pesados, menos flexíveis, mais diferentes do andar descalço.

Apesar disso é possível notar, observando crianças de 3, 4 anos correndo descalças, que boa parte delas ainda não teve sua biomecânica alterada pelos sapatos e ainda correm com o antepé.

Ao ficarem mais velhos, as crianças param de correr, porque correr é coisa de criança. Seus pais lhe ensinam isso: "Pare de correr! Comporte-se! Parece criança!" Se não praticarem um esporte, ficarão anos sem correr, apenas andando com seus pesados tênis e sapatos. Quando voltam a correr, adultos, para controlar o peso ou porque "dizem que faz bem à saúde" (normalmente não é por prazer), estão como as crianças que pararam de nadar: não sabem mais como fazê-lo!

Caminhar é bem diferente de correr. A maneira mais eficaz (energeticamente econômica) de caminhar é aterrissar o pé com o calcanhar, rolá-lo, como um mata-borrão e retirá-lo com a ponta. E o novo atleta tem esse modelo motor assimilado por anos. Ao voltar a correr, usará o único modelo que conhece: calcanhar-meio-ponta. Começar correndo devagar e progressivamente mais depressa só piora o quadro.

Por esses e outros motivos, a corrida que os adultos praticam intuitivamente, com o calcanhar, não é a corrida natural para qual o nosso corpo evoluiu.

Por isso tentamos reensinar a correr. Naturalmente, com o antepé.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Concurso Cultural Corrida Natural e Mizuno EVO

[gallery type="slideshow" columns="1" ids="3097,3098"]

O site Corrida Natural bolou junto com a Mizuno um Concurso Cultural visando dar um par de tênis da linha EVO para os leitores do site.


Se você ainda não conhece ainda a linha minimalista da Mizuno, o EVO Cursoris e o EVO Levitas, clique aqui.
Para participar do concurso basta responder a pergunta: “O que significa 'corrida natural' para você?Clique aqui e participe!

O(a) autor(a) da resposta mais criativa, a ser julgada pelo site e pela Mizuno, ganhará o modelo EVO que escolher.


O concurso termina no dia 5 de abril e você pode participar com quantas frase quiser. Corra e participe!

quarta-feira, 6 de março de 2013

Rumo ao interior paulista: Clínica Corrida Natural em Piracicaba, no dia 06 de abril.


A Clínica de Corrida Natural chega agora em Piracicaba, dia 06 de abril, no Espaço Gaia, que pertence à Gaia Esportes, uma das melhores organizadoras de eventos esportivos do interior paulista. O evento também tem apoio das camisetas Vamos Correndo.

[caption id="attachment_2597" align="alignleft" width="300"]Descalço na palestra para ficar mais à vontade. Foto: Marcos Viana "Pinguim". Explicações durante a Clínica realizada na Velocità, em SP (dez/2012). Foto: Marcos Viana "Pinguim".[/caption]

Tem crescido muito o número de praticantes de corrida em Piracicaba e região e a Clínica será uma ótima oportunidade para os corredores aprenderem como correr de maneira adequada com tênis minimalistas, descalço ou, simplesmente, rever conceitos de técnica de corrida. A Clínica tem sido muito útil para aqueles atletas que se lesionam com frequencia, portanto, não perca!

O QUE É. Na Corrida Natural não usamos o calcanhar para iniciar a pisada e sim o antepé. Isso faz com que a corrida seja mais eficiente e, em teoria, menos lesiva, pois o impacto deixa de ser absorvido pelas nossas articulações. É possível correr com a técnica da Corrida Natural com qualquer calçado. Você só precisa aprender ou reaprender a correr dessa maneira.

Assuntos que serão abordados:

1) O que é corrida natural: estudos e evidências

2) Tênis minimalistas e corrida descalça: conceitos e adaptação

3) Técnica de corrida: os três pilares.

4) Prática: a aplicação da técnica na esteira e análise com vídeo.

Serviço:

Dia 6 de abril, das 09h00 às 10h30

Quanto custa: R$ 50

As inscrições podem ser feitas no local ou pelo botão abaixo:



Espaço Gaia

Rua Dona Eugênia, 373 - Piracicaba, SP
Tel:  (19) 3302-5916

Apoio:

Vamos Correndo

Saiba mais:

Clique aqui para ver o progrograma completo da Clínica.

Clique aqui para ver como foi a Clínica de São Paulo e aqui para a do Recife.

Leia aqui os depoimentos de quem participou da Clínica e aqui para ler o que saiu na imprensa sobre ela.

terça-feira, 5 de março de 2013

Assine a Newsletter do Corrida Natural

Assine a Newsletter do Corrida Natural e tenha, em primeira mão, as novidade que estão acontecendo no mundo da da corrida descalça e minimalista, promoções exclusivas com os parceiros do site, datas das Clínicas e muito mais.

Fique tranquilo, pois nossa intenção não é de lotar sua caixa de e-mail! Pretendemos mandar pelo menos um e-mail semanal com o resumo do que foi postado no site e, excepcionalmente, quando tivermos alguma informação ou promoção imperdível para vocês.

Para assinar, basta preencher o cadastro na barra da direita, ou clicar aqui:

segunda-feira, 4 de março de 2013

Adidas Adipure Gazelle, por André Savazoni

Este post inaugura uma das partes que mais me atraem nos blogs que leio: os reviews de tênis feitos por leitores(as)/amigos(as) do site. No caso, o colega de revista Contra-Relógio, André Savazoni, escreveu sobre o Adidas Adipure Gazelle.

No ano passado eu tinha feito um post sobre a linha de minimalistas que a Adidas estava lançando no exterior (leia aqui). Conversei com o pessoal da marca alemã por aqui e a previsão era que essa linha iria chegar ao Brasil no segundo semestre deste ano. Fui lendo o que se falava a respeito dos tênis e o pessoal era só elogios. Quando o André foi à Maratona da Disney em janeiro deste ano, comprou um par do Gazelle e, é claro que encomendei um "review" sobre os tênis. Obrigado, André!

"Corro desde 2008, treinando mais especificamente com planilhas a partir de 2010. Comecei a baixar gradualmente, tanto a altura quanto o peso, dos tênis em maio de 2011, depois que fiz o último longão para a Maratona de Porto Alegre e senti dores no joelho direito. Tive de ficar alguns dias de "molho" e recebi do Sérgio Rocha um modelo da K-Swiss mais baixo. Corri sem dores a prova e, a partir daí, fui percebendo as diferenças entre os modelos tradicionais e os de competição. Foi um caminho sem volta, chegando hoje também até os minimalistas ou com características minimalistas. Ah, desde então, nunca mais meu joelho doeu.

Tenho todos os meus recordes pessoais (18:50 nos 5 km, 39:37 nos 10 km, 1:26:32 nos 21 km e 2:59:55 nos 42 km) com tênis de performance ou minimalistas. Por sinal, uso os modelos para qualquer tipo de treinos: tiros, rodagem, longões e provas de todas as distâncias. Não faço distinção do estímulo.

Já conhecia o Gazelle por posts escritos pelo Sérgio e em sites/blogs norte-americanos. Comprei em Orlando, nos EUA, em janeiro deste ano, por US$ 79,90. Se levasse um segundo modelo, teria 50% de desconto.

Entre os pontos favoráveis, destaco a leveza, a flexibilidade e ser realmente bem baixo, o que garante um contato maior com o solo. Apesar do drop de 4 mm, sinto ele mais “baixo” em relação ao contato com o solo do que outros de drop zero que tenho.

Negativamente, vi somente um problema: o cadarço do pé esquerdo, apesar de amarrar duas vezes (e firme) tem sempre desamarrado nos longões. No outro pé, nunca aconteceu. Deve ser algum problema de fabricação do cadarço.

Ao comprá-lo, imaginei que seria o número 9 (que não temos aqui), mas foi o 9,5 mesmo, que estou acostumado a usar no Brasil. Me incomoda modelos “macios”, gosto que os tênis sejam um pouco “duros” no sentido de sentirmos o chão, acredito que assim tenho um retorno mais rápido de potência. O que considero ideal nesse modelo. Além disso, como o material é bem flexível e mole, adapta-se bem ao pé, sem esquentar, mesmo em dias de muito calor.

O solado está resistindo bem (ele tem uma proteção extra na parte do antepé, mas nada no calcanhar). Tenho feito todos os longões com ele. Na sequência, foram 18 km, 21 km, 24 km, 27 km e 30 km, além de outras rodagens e tiros na pista de atletismo. Está totalmente aprovado.

Não senti, desde o primeiro dia, dor alguma diferente com ele. Antes de calçã-lo, cheguei a pensar que as panturrilhas poderiam sentir um pouco, mas não, nada. Acredito também que é por já estar muito bem adaptado a modelos como esse. Não gosto de correr sem meias, me incomoda, mas para quem tem esse costume, olhei bem as costuras e não deve incomodar. Com meias, não há qualquer ponto de atrito.

No geral, hoje, posso dizer que o Gazelle é meu tênis favorito. Tanto que irei utilizá-lo na Maratona de Boston, em abril, sem dúvida alguma na escolha."

Observação: Antes de antes de receber o texto do André, me atualizei sobre os tênis com um lojista que tinha ido à pré-venda de modelos para o segundo-semestre e tive uma má notícia: "Acho que vai dar drop", ele me disse. "Drop" é quando não há quantidade suficiente de pedidos para justificar a importação do modelo. Liguei para um conhecido na Adidas e ele me confirmou que a possibilidade de "drop" era muito grande. Às vezes acontece da marca decidir trazer os modelos e arcar com os custos por "acreditar' nos tênis, ou simplesmente por política da marca. Mas, infelizmente esse não parece ser o caso,

Fiquei extremamente decepcionado. Na verdade, achei esquisito. Todas as marcas que investiram em tênis minimalistas (e também os "pero no mucho") fizeram questão de trazer os tênis para cá. Exemplo: Skechers, New Balance, Nike, Asics, Saucony e, por último, a Mizuno que fará a venda exclusiva dos tênis da série EVO (leia aqui) exclusivamente em lojas especializadas. Até a Puma confirmou que lançara o FAAS 100 por aqui no semestre que vem (leia aqui). Por que a Adidas decidiu não fazer "força" pela linha Adipure? Será que é porque pode soar contraditório lançar uma linha de tênis que confiam ao corredor a eficiencia da sua técnica e ter acabado de embarcar uma campanha mundial  com o Energy Boost (leia aqui), que, em teoria, "ajuda" você a correr mais rápido?

Bom, conjecturas e questionamentos à parte, quem gostou do Gazelle terá que pedir para algum amigo trazê-lo do exterior ou comprar em lojas on-line lá fora, pedir para entregar aqui e pagar os impostos. Boa sorte!