quarta-feira, 28 de novembro de 2012

É uma pena a Brooks não ter dado certo no Brasil, porque...

A Brooks tentou aportar aqui no Brasil há uns três anos atrás. É uma pena não ter dado certo, porque a marca faz modelos que agradam muito os corredores em geral.

Para nós, que gostamos de tênis minimalistas, a Brooks vêm desenvolvendo uma linha chamada "Pure". Meu amigo Alex Sant'anna trouxe um dos EUA e prometeu me mostrar em breve.

Como uma boa companhia norte-americana, a Brooks é muito criativa ao fazer marketing de seus produtos. Mesmo não contando com um tênis "puramente" minimalista, depois desse comercial qualquer corredor gostaria de comprar a nova versão do o mais novo modelo da linha, o Pure Drift, que será lançado por lá em janeiro do ano que vem. Se até o "Pé Grande" gostou de um, por que eu não?

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Veja mais informações sobre o Pure Drift clicando aqui.

Nota: o Drift tem uma palmilha removível que deixa o tênis drop zero e com altura total de solado/entresola de 8 mm. Muito bom :)

7 comentários:

  1. Minha opinião sobre é:

    A lei da oferta e procura dita se uma determinada marca se manterá ou não.
    E isto dependerá da política de marketing da própria marca e do potencial consumidor em termos quantitativos.

    Falando a nível de Brasil, se perguntar a qualque amador que tenha envolvimento com a corrida de rua quais marcas esportivas conhece no mercado, possivelmente se dirá: Adidas, Nike, Asics, Mizuno... Puma??? Pode ser.

    (1) As 4 primeiras marcas são fornecedoras para uma diversidade de modalidade esportiva. Incluindo running. E dentro da modalidade running, elas não só fornecem calçados, a nível de Brasil. Vestuários, acessórios etc.
    (2) Aproveitando o bonde da Brooks, cito também, dentre outras pouco conhecidas pela maioria, Saucony e Newton.

    Por curiosidade e apenas para me manter "antenado", com frequência, acesso o site Swift2feet - http://swift2feet.blogspot.com.br

    Duvido muito, que das 4 primeiras marcas citadas, se sobreviveria apenas da oferta de calçados.
    Será que é pela venda de materiais esportivos de outras modalidades que não seja running, é que ela se mantém no mercado brasileiro? Pode ser que sim, pode ser que não. Mas além deste ponto, dentro do running, elas oferecem outros itens que eu já citei. Vestuário, acessório etc.

    A pessoa envolvida com o running, e me incluo nesta leva, gosta de "respirar" running da cabeça aos pés. Ou seja, do boné, passando pelo shirt e short até as meias e o calçado propriamente em questão.

    A Brooks, a Saucony e a Newton tem este pensamento no Brasil??? Nem preciso responder.

    A venda destes outros itens ajuda na divulgação da marca e sem sombra de dúvida, cai no gosto do atleta. Até como um item de vestuário casual já funciona como um "outdoor móvel".

    Outro mote. Você tem prova de running da Nike, da Asics, da Mizuno, da Adidas... Por que, com boa vontade e organização, não poderia se pensar na prova da Saucony, da Brooks, da Newton...??? Sem contar nas outras marcas do site Swift2feet.

    Experiência própria. 3 casos reais.
    (1) Um dia, em um longão na praia, veio um corredor na mão contrária com a camiseta da Newton Running. Na correria, perguntei onde comprou. Ele não entendeu a pergunta porque era gringo. Para não perder a oportunidade pois o instante era rápido, gritei se naõ queria trocar a camiseta dele com a minha que era de uma das 4 marcas esportivas que eu citei acima. Respondeu com o balancar da cabeça indicando negação e continuou a sua corrida.

    (2) Depois de uma determinada prova, vi um participante com um calçado Brooks. Perguntei se ele comprou aqui no Brasil. Respondeu-me que não. Trouxe do exterior.

    (3) Um bonito boné Saucony que estou namorando de um site que estou em contato, site este que é pessoal de um corredor, e não de um representante ou revendedor Saucony.

    Em resumo, estas marcas terão que ter uma visão de como funciona o mercado brasileiro. Os que possuem estes calçados, trazem de fora.

    Este é o meu entendimento.

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  2. Grande Hélio!

    Você distinguiu muito bem as grandes marcas de artigos esportivos da outras que investem apenas em calçados.

    As grandes (Nike, Mizuno, Asics, Adidas, etc) mantém uma operação enorme, multinacional e com uma operação com pé fincado e ações de marketing ativas no Brasil.

    Vamos agora às outras marcas que você citou:

    1) Newton - Vendem apenas nas lojas Track & Field. Ao mesmo tempo que atinge corredores mais antenados e de nível social B+ e A, acaba ficando restrita essencialmente ao público da loja. A TF faz poucas ações de marketing pró-ativas e tem por política não fazer propaganda de seus produtos. De certa forma, a Newton fica refém dessa situação - a impossibilidade de ficar mais conhecida por essas bandas. Note que a marca tampouco é grande no exterior e na verdade, tem crescido exatamente pela procura de tênis de corrida que permitam o movimento natural dos pés, algo que eles vêm pregando há tempos.

    2) Saucony - A Saucony é também uma excelente marca de tênis e a operação no Brasil considero tímida. Porém eles estão tentando expandir a visibilidade dos produtos ao passar a comercializar seus modelos na Centauro, pois antes era restrita à lojas especializadas em corrida (temos algumas em São Paulo e poucas em outros estados).

    3) Brooks - Foi um sonho de dois empresários que trouxe a Brooks para o Brasil há uns 3 anos atrás (me corrijam se eu estiver errado). Eram até patrocinadores do ultramaratonista Valmir Nunes quando ele bateu o recorde da Maratona do Vale da Morte nos EUA. O problemas é que para entrar nesse jogo, precisa de muito cacife, principalmente pela quantidade de produtos que são necessários para se colocar nas prateleiras (os Brooks só eram encontrados em lojas especializadas), o lidar com tamanho da burocracia dos processos de importação e, finalmente, os impostos.

    Acho legal ver marcas fazendo corridas, e se não me engano, a Saucony apóia alguns eventos. Mas vejo as provas mais como um reforço da marca do que algo para fazer com que elas fiquem bem conhecidas.

    Abs

    Sergio

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  3. Hélio, perfeito seu comentário, sem mais!
    Junto-me aos demais que também lamentam a retirada da Brooks do mercado brasileiro, inclusive cheguei a reclamar com a loja Mundo Corrida.
    Corro há três anos e, nesse período, experimentei tênis de quase todas as marcas consagradas. Os únicos que meus pés não reclamaram foram os da Brooks.
    Além de ser algo muito pessoal, sei que tem muitas variáveis na escolha do tênis, mas, desde que descobri a Brooks, releguei todas as demais marcas.
    É uma pena que agora o acesso ficará mais dificultoso, mas pelo menos tive a oportunidade de conhecer e aprovar irrestritamente os tênis da Brooks.

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  4. Sérgio, esse pure drift tem uma palmilha removível, que torna o tênis zero drop. A flexibilidade, a leveza, etc, parece que estão lá tb. Por que vc acha que ele não é um minimalista?

    Sobre o restante do assunto, o tênis de corrida aqui no Brasil é caro (R$ 400,00 por aquele da NB, por exemplo, não é nada minimalista), daí quem pode compra ou pede pra trazer de fora. Além disso, os vendedores (com a exceção de algumas poucas redes especializadas em corrida) em geral não sabem orientar. Não adianta botar um hattori na centauro e o vendedor te explicar que não serve pra treinar, porque é tênis de prova. Nas Nike Stores, pela minha experiência, os vendedores também não sabe explicar as diferenças dos modelos.
    Isso tem a ver com o tamanho do mercado, acho, que talvez não suporte todo o custo de treinamento e a diversidade de marcas, ainda.
    Não sei se vale a pena o tênis na centauro, ou até na TF, ou se não era melhor abrir uma lojinha exclusiva/show room primeiro, ou pelo menos direcionar pra lojas especializadas.
    De qualque forma, falar o que as empresas deveriam fazer, assim de fora, é sempre mais fácil...

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  5. Alberto,

    Você tem toda razão. Estava tão cético em relação à linha Pure Project que no final das contas, prestei pouca atenção ao Drift - modelo novo ("new to the line" - como o próprio vídeo diz). Muito obrigado por me alertar. :)

    Ainda há poucas informações sobre ele nos sites estangeiros, mas segundo o que consegui apurar, o número padrão US 9 pesa apenas 158 gramas e sem a palmilha, ele ficaria com um total de apenas 8 mm do chão. Somado a forma larga e flexibilidade, temos um verdadeiro minimalista. Fiquei com uma vontade enorme de ter um...rs

    Sei o que você diz a respeito do tênis minimalista não ter preço minimalista e essa discussão é realmente grande no exterior.

    Sobre os vendedores de loja: Nem nos EUA há atendimento bom e especializado nos grandes varejistas. Esse atendimeto é muito melhor nas lojas especializadas - uma coisa parecida com o vendedor que está no comercial da Brooks, mas menos exagerado, claro...

    Abs

    Sergio

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  6. Meu nome saiu esquisito la mas eu sou o Adalberto do fórum. A propósito, no meu gobionic que já chegou eu paguei US$ 70,00. Abraços

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  7. Oi Sergio.
    Eu sou suspeito, pois desde que descobri o Brooks não troco por outra marca. Encaixou muito bem no meu pé. Eu vou com o meu Pure Flow na clínica no sábado. Ele está longe de ser um drift, tem 4mm de drop e, se não me engano, 22mm de altura total atrás, tendo algum amortecimento e não sendo tão flexível na parte de trás ou em torção.
    O mais legal da Brooks é que eles só fazem artigos de corrida e, no caso dos tênis, tem para todos os gostos. Mesmo a linha Pure tem vários modelos, inclusive para trilha, assim o André Savazoni não tem desculpa pra ficar caindo pelas trilhas...
    No meu caso, pretendo que este seja o meu tênis para fazer os longões, vamos ver.
    Abraço!
    Alex

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