terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Os primeiros 3.000 m abaixo de 4:00 min/km a gente nunca esquece!

Ontem fiz um treino muito bom. Foram 3.000 m na pista do Bolão, em Jundiaí, local onde sempre faço meus treinos de qualidade. O detalhe é que meu técnico, Wanderlei de Oliveira, sempre aplica o famoso teste de 3.000 m (leia aqui), em que você tem que ir 100%. A partir do resultado do teste, ele estipula os ritmos de treinamento na periodização.

A última vez que tinha feito os 3.000 m, tinha sido no início de agosto de 2012 e fiz 12:03 – meu melhor tempo até então. No teste, a gente tem que dar tudo o que tem no tanque de combustível e terminar esgotado. Só que dessa vez, quando conversamos, ele me disse que eu deveria encarar apenas como um treino forte.

Cheguei na pista e encontrei com o amigo Edvaldo, mais conhecido como Acerola, que é um sujeito muito, muito rápido (1h13 na Meia). Ele estava indo embora e me perguntou o que eu ia fazer. Expliquei e disse que o treino era pesado, mas não 100%. Nos despedimos e fui aquecer. Não passou 5 minutos e o Acerola aparece de novo na pista e me pergunta brincando: “Tudo bem se eu correr de tênis?”, aja visto que sempre faço meus treinos de qualidade descalço. Já fiz alguns testes e se calço qualquer coisa, por mais mínima que seja, perco de 1 a 2 segundos em uma volta de 400 m. Portanto a pedida na pista é sempre zero-calçado.

O Acerola disse que decidiu voltar para me ajudar no treino. Terminado o aquecimento e as acelerações, disse a ele: “Não puxe o ritmo, deixa ver o que eu consigo sem ajuda” e ele concordou. “Só vou te fazer companhia. Vou na raia 2”, completou.

Eram 8:45 da noite, quando apertei o cronometro do relógio novinho que a Fernanda Paradizo comprou para mim em Orlando e que o André tinha trazido, recém-chegado do Desafio do Pateta da Disney (aliás, obrigado aos dois!).

Na primeira passagem dos 200 m (mania de “pisteiro”), vi que estava no ritmo de 4:00 min/km (48 segundos). Fechamos o primeiro km com 3:59. O ritmo permaneceu constante e passamos pelo segundo km com 3:58.

Nos últimos 400 m começamos a puxar o ritmo e fechamos em 3:53 – 11:52.09 no total. Foi a primeira vez que fiz 3.000 m abaixo de 4:00 min/km e com o detalhe de estar correndo descalço.

Fiquei exultante com o resultado e com a melhora que venho sentindo desde a metade do ano passado, quando fiz as algumas mudanças na minha alimentação.

2013 promete!

5 comentários:

  1. MAN vc é mais q guerreiro e isso só mostra o qto vc pode chegar, e pelo jeito esse é só o começo, né... que venha os 3:30 min/km...rs Parabens abs

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  2. Parabéns Sergio! Logo você vai estar fazendo os 5.000 metros abaixo de 20 minutos. "Creio que é muito mais fácil aumentar a resistência dessa sua velocidade no momento do que querer correr a 3:30 min o Km." Um grande abraço!!! Aproveito para lhe mostrar minha antiga tabela de recordes pessoais, hoje estou muito mais lento mas ainda tenho esperança de correr como antigamente: http://www.superpinguim.com.br/ativ/recordes.htm

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  3. Olá Sérgio Rocha!


    Continuo na "UTI" (risos)


    Permite-me um Off-topic?


    Por acaso, "navegando", caí neste termo curioso. Neuroma de Morton. Sim, é uma lesão tumoral benigna.


    Uma vez, em algum comentário meu, você me respondeu que os profissionais da corrida teriam vida útil reduzida em sua atividade profissional se utilizassem um minimalista pois a frequência de treino/prova é altíssima.


    Falando em corredor amador, mesmo não tendo a frequência descrita acima e tendo uma postura de corrida natural, você é de acordo que há, por menor que seja, alguns efeitos colaterais se não for praticado com moderação? E que a falta de moderação poderá ocasionar, uma das consequências, o Neuroma de Morton, devido aos seres humanos não terem cascos no antepé, e a repetição da pisada nesta parte do pé poderá afetar os nervos desta região?


    Não me recordo bem se foi em setembro ou outubro do ano passado, durante um longão na praia, senti uma leve falta de sensibilidade no antepé. Não tomei conhecimento porque, apesar de um clima gelado atípico que chegou por um pequeno período nesta época do ano, eu pensei que fosse o esfriamento que deixou com falta sensibilidade (dormência).


    Pode até ser que este tipo de lesão não tenha vínculo com o meio da corrida, especificamente com a pisada natural, mas enfim...


    Não recebo para divulgar. É apenas uma opinião. Será que a longo prazo, o calçado ideal para quem adota a pisada natural seja o calçado da Newton Running e não os minimalistas a fim de evitar lesões por menores que sejam?

    Um Abraço e Parabéns pela sua evolução nos treinos/provas!

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  4. Caro Hélio,

    O neuroma de Morton atinge o nervo que passa entre os ossos metatarsais e não sob eles. Portanto, a causa da dor é a compressão provocada pelo aperto dos calçados, especialmente os que afunilam na ponta ou que forçam o paciente a ficar apoiado nas cabeças dos metatarsos — caso típico dos saltos altos, o que pode explicar a maior incidência em mulheres.

    Correr ou andar descalço, a princípio (ainda não consultei a literatura), não provoca neuroma. Aliás, fortalecendo os arcos plantares, especialmente o transverso, e possibilitando o alargamento dos pés, a locomoção descalça, creio, poderia até evitar o neuroma e aliviar os sintomas.

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