
Não confunda com o Nike Free Run 3, que é 5.0. Essas graduações - 3.0, 5.0, 7.0 etc - foram inventadas pela marca quando desenvolveram a plataforma Free. A idéia era graduar o quanto se fica perto do chão, portanto, quanto menor a graduação, mais, digamos assim, "descalço".
O Free tem algumas características de tênis minimalistas como a forma larga e a flexibilidade extrema. Na verdade, pode-se dizer que foi a Nike que começou com essa história de tênis que fazem com que você corra como se estivesse descalço - isso em 2004. Mas o problema, a meu ver, foi permanecer com amortecimento alto e não terem zerado o "drop" (diferença de altura entre o calcanhar e a frente dos pés). No caso, o 3.o tem um drop de 4 mm e o 5.o tem 7.2 mm. E é por isso que não considero os Free minimalistas, mas o 3.0 está quase lá.
A marca reconhece que não conseguiu "trabalhar" bem o marketing da novidade à época (2004), tanto que os Free(s) tiveram vida muito curta aqui no Brasil e o 3.0 nunca havia chegado por aqui. Com essa nova demanda por tênis mais livres (desculpe-me o trocadilho), a Nike voltou para a prancheta para colocar os Free no forno com o mesmo conceito original, mas com o cabedal adotando as tecnologias mais recentes da marca, como colagens a laser e tecidos mais "inteligentes".
O que realmente diferencia o 3.0 é o desenho do solado, em que os sulcos de flexibilidade acompanham melhor a anatomia dos pés. Antes que alguém pergunte, sim, o tênis da foto é a versão feminina.

Quando colocar as mãos, quero dizer, os pés em um Free 3.0, passo minhas impressões para vocês.
Ah! Ele custa R$ 330 e o pesa 200 gramas (BR 42).

ADIDAS. Foi divulgado no site Minimalist Running Shoe os novos tênis da coleção Adipure que serão lançados no segundo semestre nos EUA.
A marca alemã decidiu apostar na transição do "drop" a partir de três modelos de tênis. O primeiro é o Motion, que tem 11 mm de drop, depois vem oGazelle, com 7 mm e finalmente o Adapt, com 4 mm - mesmo drop do Free 3.0 da Nike.
É claro que o que mais me atrai é o Adapt, que apesar de não ser drop zero, tem um cabedal que mais parece uma meia e foi muito elogiado pelo site, pois é feito de um tecido elástico (ele está presente nos três modelos). Aliás, por que não fizeram um modelo sem drop nenhum? Podia ser uma mescla dos nomes da marca Adipure Adizero...
No Brasil? Sem previsão ainda.
Sérgio, sobre o tênis da Nike, neste último sábado , no parque do Ibirapuera, participei de um treino que eles ofereceram a uma galera do facebook, sendo seu real motivo a possibilidade de fazer um teste drive deste modelo (versões 3.0 e 4.0, salvo engano). O pessoal responsável por aplicar o treino revelou isto logo quando nos reunimos de uma maneira que, sinceramente, pelo o pouco que sei, não me agradou. Eles anunciaram que poderíamos fazer o teste drive deste tênis que simula a corrida descalço. Estou engatinhando nos minimalistas, mas sei, através dos caminhos que você já apontou e aponta diversas vezes, que alguns requisitos são necessários para um tênis ser assim considerado. Após a galera ter calçado este modelo, a orientação dada era para que os que usavam este tênis buscassem quase correr com as pontas dos pés. Eu não fiz este test drive, mas a imensa maioria o fez e foi muito interessante ouvir a opinião dos colegas corredores: "que duro! Meu pé fica torto! É muito leve! É um tês descartável, deve durar umas 10 provas de 10k.", e por aí vai. Mas o que mais me chamou a atenção é que nenhuma orientação sobre o tênis ou a técnica que ele exige foi comentada. Tinha um pouco mais de 200 pessoas, o que, para mim, reforça a força da marca, mas acho que faltou a ligação entre o objetivo do encontro e o treino dado. Mas esta experiência foi muito positiva para mim, mostrando que as grandes marcas estão atentas a esta corrente, só não sei dizer se por acreditar ou por receio de perder consumidores.
ResponderExcluirAbraços.
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Fala Tri-Théo.
Você está certo, eles trouxeram também o 4.0, mas não do meu interesse pois tem um drop maior. Realmente um treino em que orientam simplesmente para se correr com a ponta dos pés pode causar mais danos do que benefícios... Se bem que um "chamado" desses, sem ter as pessoas realmente interessadas na técnica e sim em um calçado não é o público alvo mais adequado para uma experiência como essa.
Grande abraço,
Sergio
Eu tenho um Nike Free 2.0. Pelo critério dado, ele deve ter um drop ainda menor, então. Bom, eu me sinto muito confortável correndo com ele, muito mesmo! Aos poucos vou confiando mais na minha melhor mecânica de passada e me bandeando pros tênis menos estruturados e mais leves, e só vejo vantagens nisso. Mas correr descalço ainda é uma outra história...
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Nishi,
A Nike não tem 2.0. Você deve ter um Free Run 2+, que na verdade é um 5.0, com um drop maior. Mas já é uma boa em relação ao tênis hiperestruturados.
Abs
Sergio
Bom saber. Mas continuo preferindo as Huaraches (e correr descalço, claro).
ResponderExcluirMas veio escrito na caixa que era 2.0! Não comprei no Brasil, ressalvo! Aliás também tenho o Free Run 2+, mas esse eu ainda não experimentei, tá na caixa. Uma coisa: o drop desse meu 2.0 é visível, embora pequeno. Eu sõ não consigo comparar com um 3.0 ou mais, porque não os tenho em mãos.
ResponderExcluirSérgio,existe um histórico de relato de usuários sobre algum desconforto nos primeiros usos de minimalistas? Comprei um Nike Free + 2, e fiz dois treinos, um de 5k e outro de 15k, confesso que no último tive alguma dor na sola do pé. Não sei se devido ao tênis.
ResponderExcluirVai correr a Golden Four Asics no Rio também?
Abraço
Christofer
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Oi Christofer,
Essa dor é comum pois o Free tem pouco suporte medial e seu pé tem que "trabalhar" mais. Ir de 5k para 15k em um tênis desses sempre causa desconforto. Mas você se adatará com facilidade. Sugiro que você seja mais cauteloso nessa quilômetragem para não haver desconfortos. Faça 5 km algumas vezes e vá subindo gradualmente os km.
Ainda não posso confirmar minha presença na Golden do Rio, pois estarei na Meia das Cataratas na semana seguinte.
Abs
Sergio
Retificando: olhando o tênis ele vem com a inscrição Free Run mesmo. Só não sei o número dele...
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Oi Nishi.
Sem problemas. É que desde o lançamento da linha Free lá em 2003/04, a graduação começava com a 3.0 e daí para cima. :)
Grande abraço,
Sergio
Adquiri o Free Run 2+ semana passada e corri 8 km na estreia e 26km no domingo. Nao senti nenhum desconforto diferente do tivesse corrido com um convencional, talvez porque costumo utilizar para provas o brooks T7 Racer. Nao sou fa da Nike para tenis mas este modelo mudou minha opiniao.
ResponderExcluir-----------
Legal, Vanderlei.
O Free Run 2+ é mais alto que o Free 3.0 e por isso você não deve estranhar o seu uso. O fato de você usar com frequencia modelos de competição ajuda com certeza na adaptação a modelos com menos suporte.
Abs
Sergio